Uma análise à forma como a rede de comunicações de emergência e socorro do Estado se comportou nos incêndios que afetaram o distrito de Leiria, entre 7 e 15 de julho, concluiu que o sistema não só precisa de um investimento para responder a vários problemas – entre os quais, a incapacidade de resistir a um aumento de utilizadores em momentos críticos – como reprova o modo como os operacionais do dispositivo da Proteção Civil usam os equipamentos e a rede.
O relatório da SIRESP (Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal) SA, que entretanto passou a ser propriedade do Estado, incidiu em três focos de incêndios que eclodiram em Pombal, Alvaiázere e Ferreira do Zêzere, onde foi destruída uma área de quase 9 000 hectares. No documento para consumo interno, cujas conclusões foram reveladas à VISÃO por fontes do setor, os técnicos da casa começam por analisar o desempenho da rede – e, a esse nível, Viegas Nunes, o brigadeiro-general do Exército que dirige o sistema, terá motivos para sorrir: onde o SIRESP poderia funcionar, funcionou bem, com as chamadas a serem ativadas em segundos e sem falhas em momentos críticos.