Mais de metade dos nomes divulgados pela Lusófona como fazendo parte do Conselho Científico que deu o aval às equivalências para a licenciatura do ministro Miguel Relvas nunca participou em qualquer reunião para analisar o caso.
Em respostas por escrito enviadas à agência Lusa, seis docentes indicados na lista divulgada pela Universidade Lusófona como fazendo parte do Conselho Científico do Departamento de Ciências Socias e Humanas no ano letivo de 2006/2007 disseram nunca ter participado em qualquer reunião para analisar o assunto, não se lembrar de tal encontro e, num dos casos, são até apontados outros quatro nomes de membros daquele órgão que não participaram em qualquer deliberação.
Na resposta enviada às questões colocadas pela Lusa, a professora Selma Calasans Rodrigues afirma que “felizmente” não foi convocada para tal reunião e acrescenta ser contra as equivalências atribuídas, num despacho que é apenas assinado pelo presidente deste Conselho Científico, Fernando Santos Neves, segundo o processo do aluno consultado pelos jornalistas no início da semana.
Responsável pelas equivalências substituido
O reitor da Universidade Lusófona do Porto, Fernando Santos Neves, responsável pela atribuição das equivalências na licenciatura do ministro Miguel Relvas, foi substituído no cargo por Isabel Lança, disse à agência Lusa fonte oficial.
“O professor Santos Neves foi substituído no início da semana pela professora Isabel Lança que já colaborava connosco”, revelou à Lusa Manuel Damásio, representante da administração da Cofac, entidade que criou a Lusófona, e filho do atual administrador da Universidade.
Manuel Damásio acrescentou que o mandato de Fernando Santos Neves “só terminaria daqui a uns tempos”, insistindo que a substituição no cargo de reitor nada tem a ver com o processo de licenciatura de Miguel Relvas em Ciência Política e Relações Internacionais.