São seis, todos americanos, e são mundiais, fora do alcance do fisco e dos reguladores. A sua riqueza pessoal está para lá do entendimento: 50, 100, 150 mil milhões, conforme os humores da bolsa. Dizem querer salvar o mundo, mas a pandemia da Covid mais não fez do que os enriquecer. Mesmo quando as suas ações perdem valor, continuam a ter mais peso do que a maioria dos Estados. Os seus nomes? Elon Musk (SpaceX, Tesla, X), Jeff Bezos (Amazon), Mark Zuckerberg (Facebook-Meta), Bill Gates (Microsoft), Sergey Brin e Larry Page (Google). Estes seis detêm um poder sistémico.
Não são as fortunas que lhes conferem poder, mas sim o poder que lhes dá as fortunas. No fundo, os seus recursos financeiros importam pouco. O que conta são essas capacidades que os Estados não têm, já não têm ou nunca tiveram. Em certos domínios, substituem os Estados ou opõem-se a estes. Um dia, poderão suplantá-los. Sem terem recebido o aval do povo. Isto é inédito na história das democracias.