O ataque com uma faca num movimentado centro comercial de Sydney, na Austrália, provocou seis mortos e vários feridos, entre os quais um bebé de nove meses, tendo o agressor, identificado como Joel Cauchi, sido abatido pela polícia. Segundo o comissário-adjunto da polícia de Nova Gales do Sul, Anthony Cooke, o homem era conhecido das forças de segurança e “nada” indica uma “motivação particular, uma ideologia” relacionada com o ataque.
Já esta segunda-feira, os pais falaram aos jornalistas à porta da sua casa, para dizerem que “lamentam imenso” e falarem sobre a doença mental do filho. “Ele é meu filho. E eu amo um monstro – para vocês, ele é um monstro. Para mim, é um rapaz muito doente”, disse o pai, Andrew Cauchi, de 76 anos, acrescentando que se transformou num “criado do seu filho” desde o diagnóstico de esquizofrenia.
Uma das hipóteses que as autoridades de Nova Gales do Sul estão a ponderar é a de haver uma intenção de atingir especificamente mulheres no ataque (quatro das vítimas eram mulheres) e Andrew Cauchi não descarta essa possibilidade porque o filho “queria uma namorada” e não tinha competências sociais, o que deixava muito frustrado.
Também a mãe, Michele Cauchi, lamentou o ataque de sábado. “É o pesadelo de todos os pais, quando têm um filho com doença mental, que aconteça uma coisa como estas”. “Os meus pensamentos vão para todos os que nosso filho magoou. Se ele estivesse no seu perfeito juízo, teria ficado absolutamente devastado com o que fez”, acredita.