“Estamos a planear aumentar a potência de fogo contra o Hezbollah (…). Se for acordada uma pausa temporária em Gaza, aumentaremos o fogo no norte, de forma separada, e prosseguiremos até à retirada total do Hezbollah [da fronteira] e o regresso dos cidadãos israelitas às suas zonas”, disse Gallant, que hoje visitou o quartel-general do comando norte do Exército.
Gallant assegurou que o Hezbollah “não pode encontrar substitutos para os comandantes mortos em ataques israelitas”, apesar de não ter concretizado com informações esta observação.
As declarações do ministro coincidem com um novo dia de fogo cruzado entre as forças israelitas e o Hezbollah na fronteira que divide Israel e o Líbano.
As forças israelitas dizem ter intercetado um “objeto aéreo suspeito” que cruzou o Líbano até a uma região do norte de Israel, segundo um comunicado militar. O Exército também denunciou o lançamento de lança-foguetes em direção a várias zonas do norte e diz que procedeu a ataques de retaliação.
A fronteira entre Israel e o Líbano regista a mais elevada situação de tensão desde 2006, com intensas trocas de disparos e ataques aéreos israelitas que se prolongam há quatro meses e que já provocaram pelo menos 298 mortos, a maioria no lado libanês e nas fileiras do Hezbollah.
O movimento xiita confirmou 215 baixas, algumas registadas na vizinha Síria.
Em Israel foram mortas 16 pessoas na fronteira norte, incluindo dez soldados, enquanto do outro lado da fronteira, a par dos combatentes do Hezbollah, constam entre as vítimas mortais 32 membros de milícias palestinianas, um soldado e 34 civis, incluindo dez menores e três jornalistas.
PCR // SCA