O Aeroporto Internacional de Macau prevê processar cerca de 860 voos e 111 mil passageiros durante o período do Ano Novo Lunar, de 10 a 14 de fevereiro, informou hoje a empresa gestora da infraestrutura.
Num encontro com os jornalistas, o diretor do departamento de Marketing da CAM – Sociedade do Aeroporto Internacional de Macau, Eric Fong, disse acreditar que “cerca de 24 mil passageiros viajem através do Aeroporto Internacional de Macau durante o período de pico num único dia” e que sejam operados “80 voos adicionais durante os cinco dias de férias”.
O Ano Novo Lunar, também conhecido no Ocidente como Ano Novo Chinês, celebra-se este ano a 10 de fevereiro, e inaugura o Ano do Dragão. Durante este período de férias, dá-se a maior migração anual do mundo, com milhões de pessoas na China a viajarem para celebrar a ocasião com família e amigos.
Ao prever 860 ligações e 111 mil passageiros durante a época festiva, Fong notou que os números representam uma subida de 110% e 140%, respetivamente, em relação ao mesmo período do ano passado, e uma recuperação de 77% e 74% dos valores de 2019, antes do início da pandemia de covid-19.
Macau, que à semelhança da China adotou a política “covid zero” durante a crise de saúde mundial, reabriu as fronteiras a todos os estrangeiros, incluindo turistas, a partir de 08 de janeiro de 2023, após quase três anos de restrições rigorosas.
Atualmente, o aeroporto só tem ligações para a China continental e outros destinos asiáticos. Em termos de passageiros, 46% e 16% são provenientes da China continental e de Taiwan, respetivamente, enquanto outros países asiáticos representam os restantes 38%, números “semelhantes a 2019”, declarou Fong.
No primeiro trimestre de 2024, o aeroporto irá operar 271 voos adicionais, cobrindo 11 destinos internacionais e regiões da China continental, incluindo Seul, Hanói, Banguecoque, Phnom Penh, Taipé e Xangai, nomeadamente “para atrair ainda mais os viajantes internacionais”, afirmou.
Ainda de acordo com o responsável, a CAM “está a cooperar proativamente com o Governo da região administrativa especial para desenvolver um turismo abrangente e uma indústria de lazer”, além de “expandir as fontes de passageiros aéreos do Sudeste Asiático e do Nordeste Asiático”.
Neste sentido, frisou o diretor, a companhia aérea China Southern Airlines planeia lançar, no primeiro trimestre de 2024, duas ligações, uma desde Istambul e outra desde Moscovo, em direção a Pequim e com transferência para Macau.
Já a AirAsia Cambodja planeia, na mesma altura, inaugurar um voo diário entre Phnom Penh e Macau.
Em novembro, o líder do Governo de Macau garantiu que o aeroporto vai lançar “mais voos internacionais diretos” e as obras de aterro e ampliação da infraestrutura serão lançadas na segunda metade deste ano.
O aeroporto, atualmente com uma pista, tem capacidade para receber até 9,6 milhões de passageiros, mas a taxa de utilização é de “apenas 60%”, lamentou Ho Iat Seng.
“Espero que a Air Macau possa adquirir aviões maiores, para realizar voos de longo curso”, sublinhou o chefe do executivo, referindo-se à companhia aérea de bandeira do território.
Já em junho, a diretora dos Serviços de Turismo, Maria Helena de Senna Fernandes, descreveu o lançamento de voos diretos entre Macau e Portugal como “um sonho”, mas lembrou também ser possível trabalhar com os aeroportos vizinhos de Hong Kong, Cantão e Shenzhen.
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