A Faixa de Gaza tem 41 km de comprimento, 10 km de largura e faz fronteira por terra com Israel e Egito e por mar com o Mediterrâneo. É uma região árida, com um terreno maioritariamente plano e clima quente, o que promove a desertificação e dificulta a agricultura. Não é reconhecida como país ou Estado.
Dados de 2022, organismos internacionais de ajuda humanitária apontam para 2,4 milhões de habitantes neste pedaço de terra com 365 quilómetros quadrados que, desde 2007, é controlado pelo grupo islâmico Hamas. Tem uma das populações mais jovens do planeta, com 48,1% da população na faixa etária entre os 0 e os 14 anos.
Uma história de ocupação
A fundação da cidade de Gaza remonta ao século V a.C. pelos Filisteus. Até à I Guerra Mundial o território foi controlado pelo Império Otomano, passando ao jugo da Liga das Nações da Palestina, com domínio britânico, em 1918. A presença ocidental gerava revolta aos palestinianos, que pretendiam autonomia.
Em 1947, o território ficou dividido entre Palestina e o novo Estado de Israel, com Gaza a receber refugiados das terras então entregues ao povo judeu. Esta divisão desencadeou uma guerra entre os dois povos, com o Egipto a envolver-se no conflito e a tomar Gaza em 1948.
O resultado dos combates intensos de 1948 reduziram o território a uma faixa, levando essa área a ficar conhecida pelo nome Faixa de Gaza. As fronteiras ficaram demarcadas a 24 de fevereiro de 1949 num acordo entre Israel e Egipto. A população deste território não tinha autorização para migrar nem para voltar às casas que tinha abandonado durante o êxodo de Nabka.
Em 1967, Israel ocupou a cidade na “Guerra dos Seis Dias”, controlando a área até 2005, altura em que as forças israelitas se retiraram por pressão interna e internacional e com a assinatura dos Acordos de Oslo. Em 2006, o Hamas sobe ao poder, controlando o território desde então.