“Neste momento, ele [Manuel Chang] está a ser julgado no tribunal dos Estados Unidos da América [EUA]. O ato em si corresponde à vontade popular dos moçambicanos”, declarou Lutero Simango, durante a abertura da primeira sessão ordinária do partido, na Beira, capital provincial de Sofala.
Para o MDM, a extradição para os EUA do antigo ministro das Finanças moçambicano, que se encontrava detido na África do Sul, foi o “melhor caminho e solução”.
No dia 13 deste mês, Chang compareceu pela primeira vez num tribunal em Nova Iorque, declarando-se inocente das acusações que pesam sobre ele no caso das dívidas não declaradas de Moçambique, depois de ter sido extraditado para a jurisdição norte-americana pelas autoridades da África do Sul.
Chang foi ministro das Finanças de Moçambique durante a governação de Armando Guebuza, entre 2005 e 2010, e terá avalizado dívidas de 2,7 mil milhões de dólares (2,5 mil milhões de euros) secretamente contraídas a favor da Ematum, da Proindicus e da MAM, empresas públicas referidas na acusação norte-americana, alegadamente criadas para o efeito nos setores da segurança marítima e pescas, entre 2013 e 2014.
A mobilização dos empréstimos foi organizada pelos bancos Credit Suisse e VTB da Rússia.
Os empréstimos foram secretamente avalizados pelo Governo da Frelimo, liderado pelo Presidente da República à época, Armando Guebuza, sem o conhecimento do parlamento e do Tribunal Administrativo.
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