Os preços ao consumidor em Macau subiram 0,24% em janeiro, em comparação com o mês anterior, o valor mais elevado em um ano, indicou hoje em comunicado a Direção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC).
Os dados revelam que o aumento no custo dos produtos alimentares foi a principal razão para a subida da taxa de inflação em janeiro, que coincidiu com as férias do Ano Novo Lunar, a principal festa das famílias chinesas.
O preço das refeições adquiridas fora de casa subiu 0,59% enquanto o custo dos produtos hortícolas aumentou 5,13%, mês em que Macau recebeu mais de um milhão de turistas, graças ao fim das restrições contra a pandemia da covid-19.
Em termos homólogos, a taxa de inflação manteve-se inalterada, em 0,77%, sobretudo devido a aumentos de 3,05% no preço da eletricidade e de 13,97% no custo dos combustíveis, assim como uma subida de 11,63% no salário das empregadas domésticas.
A DSEC anunciou na terça-feira que o custo dos combustíveis para veículos em Macau tinha aumentado 20,8% em 2022, seguindo a subida verificada no mercado internacional, sobretudo devido à invasão russa da Ucrânia.
Por outro lado, a DSEC estimou que as rendas das habitações na região administrativa especial chinesa diminuíram 2,35% em janeiro, em comparação com igual mês do ano passado, enquanto o custo dos serviços de telecomunicações caiu 10,46%.
As rendas das habitações em Macau caíram 12,8% no ano passado, sobretudo devido ao desemprego no território chinês, mas deverão voltar a subir, entre 5% e 10% em 2023, avançou na quarta-feira a imobiliária JLL.
Tal como a China continental, Macau, cuja economia depende do turismo, abandonou em meados de dezembro, após três anos, a política de ‘zero covid’, com a imposição de quarentenas e testagem massiva.
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