Manifestantes apoiantes de Bolsonaro invadiram este domingo o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF), sede do legislativo, executivo e do judiciário, num protesto violento na capital do Brasil, Brasília.
A invasão começou depois de os apoiantes radicais da extrema-direita terem convocado um protesto para a Esplanada dos Ministérios.
Apesar de a polícia militar de Brasília ter colocado barreiras de proteção, os “bolsonaristas” avançaram e furaram o cerco policial. Há imagens dos invasores dentro do salão verde do Congresso, e dentro e fora no Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal (STF).
Imagens publicadas nas redes sociais mostram manifestantes vestidos de verde e amarelo, a t-shirt da seleção nacional e um símbolo dos apoiantes de Jair Bolsonaro, a entrar na sala principal de audiências do Supremo Tribunal Federal e a esmagar vidros e mesas.
A invasão no Congresso brasileiro lembra um ato semelhante ocorrido nos Estados Unidos da América por extremistas que apoiavam então o ex-presidente Donald Trump, derrotado nas urnas, antes da posse do atual chefe de Estado norte-americano, Joe Biden, a 6 de janeiro de 2021.
Efetivos de segurança do Supremo Tribunal Federal (STF) e as tropas de choque da Polícia Militar do Distrito Federal conseguiram, entretanto, recuperar o controlo da sede do tribunal.
O Presidente da República português, Marcelo Rebelo de Sousa, já condenou o que classificou como “atos inadmissíveis e intoleráveis em democracia” e o encarregado de negócios da embaixada dos Estados Unidos no Brasil, Douglas Koneff, também condenou “veementemente” a invasão, considerando que se tratou de “ataques à democracia”.
Também a presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, afirmou estar “profundamente preocupada” com a violência em Brasília, defendendo que “a democracia deve ser sempre respeitada”.