“Estamos determinados a atingir os nossos objetivos. Podemos atingi-los”, declarou, um dia depois do muito conservador Supremo Tribunal (STJ) ter decidido limitar fortemente o poder do Estado federal na luta contra o aquecimento global.
Ao mesmo tempo, Kerry avançou que a decisão do STJ “diminui o ritmo” dos compromissos com países terceiros.
O presidente Joe Biden está a lutar para mostrar, interna e externamente, que os EUA conseguem fazer significativos progressos na luta contra a emergência climática e conseguir acordos com outros países com o mesmo objetivo.
Os cientistas garantem que já faltam poucos anos para se conseguirem evitar a subida do aquecimento para níveis tais cujas consequências anunciam dramáticas.
Kerry adiantou que ainda não falou com os seus interlocutores estrangeiros desde a decisão do STJ, que alguns cientistas equiparam a um muro do estômago e um desastre.
“Estou à espera que me façam perguntas. Mas a minha resposta vai ser ‘ouçam, vamos cumprir os nossos objetivos'”.
Acrescentou ainda que “a decisão do Supremo Tribunal é desapontadora, mas (…) não nos retira a capacidade de fazer uma quantidade enorme de coisas que precisam de ser feitas”.
Questionado se era possível pedir à China e outros grandes poluidores para se afastarem rapidamente dos combustíveis fósseis, quando os EUA lutam para cumprir alguns dos seus próprios objetivos, Kerry disse: “Eles vão fazer a sua própria análise. É expectável que tenha um impacto no que venham a decidir”.
Os problemas da Casa Branca em conseguir avanços na agenda climática contra os conservadores no Congresso e no Supremo Tribunal não prejudicou o seu trabalho nas negociações sobre o clima em que está envolvido, garantiu Kerry.
“Mas penso que diminuiu o ritmo com que algumas dessas coisas possam acontecer”, admitiu.
Porém, “se os EUA forem capazes de cumprir os seus próprios objetivos, e o fizerem rapidamente, isso iria colocar muita pressão sobre vários países”, antecipou.
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