Sete pescadores tiveram “sorte” por não terem morrido, depois de o barco onde seguiam ter sido atingido por uma bomba submarina. Cinco membros da tripulação a bordo do Galwad-Y-Mor sofreram ferimentos graves após a explosão que aconteceu no dia 15 de dezembro na costa de Norfolk, na Inglaterra.
“Embora os ferimentos físicos tenham sido significativos para cinco dos sete tripulantes, eles tiveram a sorte de não terem morrido”, lê-se no relatório da Marine Accident Investigation Branch (MAIB), Divisão de Investigação de Acidentes Marinhos, em português, do governo britânico, publicado esta quinta-feira.
Os pescadores estavam a transportar armadilhas de caranguejo do fundo do mar quando o movimento do barco “perturbou” uma bomba não detonada de 250 quilos lançada ao mar durante a Segunda Guerra Mundial. As ondas de choque fizeram a embarcação balançar e o capitão bateu com a cabeça, enquanto quatro tripulantes ficaram gravemente feridos, mas todos permaneceram conscientes.
A energia foi cortada imediatamente e a água começou a inundar o convés. O capitão enviou um pedido de socorro à guarda costeira, enquanto a tripulação se preparava para abandonar o navio. Entretanto, o capitão de um outro navio, o Esvagt Njord, ouviu o pedido de socorro e enviou um barco de resgate que conseguiu prestar auxílio à tripulação. Os pescadores receberam ajuda e cuidados médicos na outra embarcaçãp, sendo que dois foram transportados de helicóptero para o hospital.
O relatório confirma que aquilo que atingiu o barco era um explosivo alemão, provavelmente um SC250, bomba muito usada durante a Segunda Guerra Mundial. As bombas não detonadas permanecem altamente voláteis, mesmo depois de muitos anos debaixo de água.