“Em resposta à brutalidade das autoridades bielorrussas e em apoio aos direitos democráticos do povo bielorrusso, o Conselho decidiu adotar hoje mais 36 designações [de sanções]”, informou o Conselho da UE em comunicado.
Segundo a instituição, as 36 entidades visadas pelo novo pacote de sanções são “oficiais de alto nível responsáveis pela repressão violenta contínua e intimidação de manifestantes pacíficos, membros da oposição e jornalistas”, mas também “atores económicos, empresários proeminentes e empresas que beneficiam de, ou apoiam, o regime de Alexander Lukashenko”.
As sanções preveem a congelação de bens no espaço comum e a proibição de viagens para dentro do espaço europeu.
É ainda realçado que “cidadãos e companhias da UE ficam proibidos de fornecer fundos aos indivíduos e às entidades que constam na lista”.
O Conselho refere que o objetivo é mostrar aos “atores políticos e económicos” que o apoio ao regime bielorrusso “tem um custo”.
É o terceiro pacote de sanções imposto pela UE a entidades bielorrussas, estando atualmente 88 indivíduos e sete entidades incluídos no atual regime.
Entre esses indivíduos, encontra-se o líder bielorrusso, Alexander Lukashenko, que, a 06 de novembro, passou a ser visado pelo regime de sanções da UE após não ter sido incluído no primeiro pacote de sanções da UE para, segundo os líderes europeus, não minar a possibilidade de um diálogo construtivo com as autoridades bielorrussas.
A UE recusa-se a reconhecer o resultado das eleições presidências da Bielorrússia a 09 de agosto, que deu a vitória a Alexander Lukashenko com 80% dos votos.
A 24 de setembro, um dia após a tomada de posse de Lukashenko, Borrell referiu que a “inauguração contradiz diretamente a vontade de grande parte da população bielorrussa, tal como foi expresso em inúmeras manifestações pacíficas desde as eleições”.
TEYA // FPA