A notícia foi avançada pelo site de notícias Axios que contactou uma fonte presente nas reuniões entre o chefe de estado americano e o chamado “Homeland Security”, ou Departamento de Segurança Interna dos EUA. “Eles começam a formar-se junto à costa de África. Enquanto se movem pelo Atlântico, atiramos uma bomba para dentro do olho do furacão para desfazê-lo. Porque é que não podemos fazer isso?” inquiriu, alegadamente, Donald Trump aos especialistas.
“Senhor, vamos ver isso” terão dito os responsáveis do departamento, segundo a fonte anónima. Não seria a primeira vez que esta sugestão era feita por Donald Trump. De acordo com o mesmo site, o presidente americano terá colocado a proposta em cima da mesa noutras situações de reunião. Ainda assim, as fontes garantem que a ideia de bombardear furacões nunca entrou num processo político formal.
Consultado pela imprensa americana, um alto funcionário do governo disse que a Casa Branca não comenta “discussões privadas que o presidente pode ou não ter tido com sua equipa de segurança nacional”.
E porque é que a ideia não resultaria? Segundo o Laboratório de Meteorologia e Oceanografia do Atlântico da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA), o instituto americano responsável pela monitorização de tempestades, o principal obstáculo é a quantidade de energia necessária. O National Geographic publicou um artigo em 2016 em que explica que seria necessário ter números consideravelmente maiores de energia apenas para diminuir a intensidade do furacão.
Além disso, o comunicado do NOAA diz ainda que “essa abordagem negligencia o problema de que a precipitação radioativa libertada se moveria rapidamente com os ventos e afetaria áreas de terra e causaria problemas ambientais devastadores”.
A ideia, apesar de pouco segura e eficaz, já tinha sido discutida por dirigentes americanos na década de 60. Jack W. Reed, um meteorologista da época, acreditou na ideia e apresentou-a em várias conferências, algumas organizadas pelo próprio governo americano. Contudo, muitos cientistas não a aprovaram e o desenvolvimento do método exigiria disparar várias armas nucleares e gastar vários milhões de dólares por cada teste.
ASSINE POR UM ANO A VISÃO, VISÃO JÚNIOR, JL, EXAME OU EXAME INFORMÁTICA E OFERECEMOS-LHE 6 MESES GRÁTIS, NA VERSÃO IMPRESSA E/OU DIGITAL. Saiba mais aqui.
