No passado domingo, um avião Sukhoi Superjet 100 da Aeroflot que transportava 78 pessoas sofreu uma irregularidade que o obrigou a aterrar de emergência no Aeroporto Internacional de Moscovo-Sheremetievo, onde acabou por se despenhar e entrar em combustão.
Muitos dos passageiros conseguiram sobreviver ao desastre pelas saídas de emergência, em parte graças ao comportamento dito “heroico” da tripulação, mas ainda assim 41 pessoas perderam a vida. Várias fontes relatam que o avião foi atingido por um relâmpago pouco depois de descolar.
Dos 33 sobreviventes, vários foram avistados na pista com a bagagem em mãos. Numa situação de emergência em que cada segundo conta, este comportamento poderá ter comprometido a eficácia da evacuação, relata a Associated Press.
Um dos sobreviventes do desastre, Mikhail Savchenko, comentou no Facebook “Não sei o que dizer acerca das pessoas que saíram com as malas. É Deus quem os vai julgar”. No entanto, continuou, “gostava de pedir que não os atormentem, tenho a certeza de que estão a passar por um período muito difícil agora”.
Savchenko acredita que nenhum dos passageiros envolvidos poderia estar a pensar corretamente no momento do desastre, pelo que o comportamento de perder tempo a salvar bagagem não poderá ter sido deliberado, mas irracional. “Não sei como a psique humana funciona nestas situações”, disse na publicação, “não acredito que nenhuma pessoa naquele inferno pudesse calma e deliberadamente pegar nas malas”.
No fim, o sobrevivente acabou por louvar o comportamento da tripulação dizendo que “sem eles, teria havido muitas mais vítimas”.
A companhia aérea russa Aeroflot lançou um comunicado via website a oferecer conforto aos familiares das vítimas. “A Aeroflot dá as mais profundas condolências aos familiares e conjugues daqueles que perderam a vida no voo SU1492 Moscovo-Murmansk. A tripulação fez tudo o que estava ao seu alcance para salvar a vida dos passageiros e providenciar assistência de emergência a todos os envolvidos”, escreveu a companhia aéria.
As autoridades continuam a investigar a verdadeira origem do problema que levou à aterragem de emergência.