Três helicópteros ao serviço do Programa Alimentar Mundial (PAM) fazem sucessivos voos diários para entregarem alimentos nas regiões moçambicanas mais afetadas pela passagem do ciclone Idai – muitas delas só estão acessíveis pelo ar.
Nas últimas duas semanas, o PAM conseguiu chegar a mais de 150 mil pessoas em Moçambique, no Maláui e no Zimbabué, mas ainda está longe de atingir o objetivo de meio milhão.
O PAM anunciou necessitar de 140 milhões de dólares (124,8 milhões de euros), nos próximos três meses, para fazer face à escassez de alimentos provocada pela tempestade.
Também a FAO, a organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura, estima que sejam necessários 19 milhões de dólares (16,9 milhões de euros) para apoiar a população moçambicana afetada pelo Idai e restabelecer o setor da agricultura, do qual depende 80% da população.
A prioridade é reabilitar os terrenos inundados e reiniciar o cultivo de alimentos, diminuindo a dependência alimentar. Cerca de 400 mil hectares terão sido destruídos nas províncias de Manica e Sofala, responsáveis por um quarto da produção nacional de cereais. A calamidade aconteceu poucos meses antes do início das colheitas.
Os agricultores clamam, agora, por sementes, que a FAO tem intenção de distribuir a tempo de os produtores aproveitarem a sementeira que se inicia em abril.
As Nações Unidas calculam que 1,8 milhões de pessoas estejam a enfrentar graves carências alimentares.
Até ao momento, foram contabilizados 808 mortos em Moçambique, no Maláui e no Zimbabué. Só em Moçambique são 468. No total, terão sido afetadas 2,9 milhões de pessoas pelo ciclone Idai.
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