Samuel Little matou e violou várias mulheres entre 1970 e 2005, nos EUA. Ao todo, terão sido 93 homicídios confessados, ao pormenor e com satisfação, pelo próprio. As autoridades afirmam que este homem, agora com 78 anos, foi, até hoje, o maior serial killer de sempre.
O FBI divulgou, na terça-feira, desenhos de mulheres que o assassino fez e que podem ajudar a identificar as suas vítimas. Neles, percebem-se os diferentes traços das jovens que assassinou de forma brutal: brancas, negras e latinas, com lábios brilhantes e olhar penetrante. A polícia afirma que dois desenhos já foram associados a dois casos de homicídio.
Os investigadores afirmam que os alvos preferidos do ex-pugilista eram mulheres marginalizadas e vulneráveis, muitas vezes toxicodependentes e prostitutas e, por isso, alguns corpos nunca foram identificados, assim como existem casos que não chegaram a ser investigados. Além disso, Samuel Little afirma que não chegou a saber, sequer, o nome de muitas das vítimas, o que dificulta ainda mais a identificação dessas mulheres.
“Sem marcas de facadas ou de balas, muitos desses casos não foram classificadas como homicídios, mas sim como mortes por overdoses, acidentes ou até devido a causas naturais”, informou o FBI, num relatório realizado em novembro do ano passado.
As autoridades esperam, agora, que “alguém – um membro da família, ex-vizinho ou amigo – possa reconhecer a vítima e dar uma pista importante para a sua identificação”, para que as famílias saibam o que aconteceu verdadeiramente e os casos possam ser encerrados.
Tudo começou há mais de meio século…
Desde a década de 60, Samuel Little foi preso quase 100 vezes em diferentes estados americanos e condenado por vários crimes, incluindo assalto à mão armada, rapto e violação. Contudo, cumpriu menos de dez anos de prisão por esses crimes.
Agora, está a cumprir três penas de prisão perpétua por ter sido provado que matou três mulheres em Los Angeles, nos anos 80. Em 2012, quando foi preso por posse de drogas no Kentucky e transferido para a Califórnia, estava a ser investigado o assassinato de duas mulheres em Los Angeles.
A polícia realizou testes de ADN e os resultados ligaram Samuel Little a casos não resolvidos de outras mulheres assassinadas.
O serial killer, que tem problemas cardíacos, diabetes e anda de cadeira de rodas, contou, detalhadamente, como cometeu os seus crimes. Sem remorsos ou algum sentimento de compaixão, Samuel Little diz que costumava esmurrar as vítimas, a que chamou de “bebés”, para, depois, as estrangular, na maior parte das vezes no seu carro.