Segundo o último balanço avançado pelos bombeiros, o número de mortos resultantes da rutura de uma barragem em Brumadinho, no estado brasileiro de Minas Gerais, subiu para 34.
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, decretou estado de calamidade e luto oficial naquele estado brasileiro.
“Decretei luto oficial de três dias em sinal de pesar pelo falecimento das vítimas, vigorando a partir de hoje. E assinei hoje também o decreto de calamidade pública, que, entre outras medidas, autoriza a mobilização de todos os órgãos estaduais para atuarem sob coordenação da Defesa Civil e a convocação de voluntários para reforçar as ações propostas”, afirmou Zema, segundo a imprensa brasileira.
Os trabalhos de resgate continuam, mas o processo está a ser dificultado pela ausência de energia elétrica, de sinal telefónico e de internet em alguns locais.
O Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, sobrevoou hoje a área atingida pela rutura da barragem em Brumadinho e anunciou nas redes sociais a oferta de ajuda do primeiro-ministro israelita nas operações de salvamento.
“Por telefone, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu , ofereceu ajuda na busca de desaparecidos no desastre de Brumadinho, Minas Gerais. Aceitamos e agradecemos mais essa tecnologia israelita ao serviço da humanidade”, escreveu Bolsonaro no Twitter.
Em conferência de imprensa, o governador de Minas Gerais anunciou que os equipamentos provenientes de Israel devem encontrar vítimas que estão soterradas de três a quatro metros de profundidade.
A rutura da barragem em Brumadinho, Minas Gerais, causou nesta quinta-feira um rio de lama e de resíduos minerais, soterrando as instalações da empresa e destruindo diversas casas na zona.
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, já considerou ser muito difícil resgatar pessoas com vida dos escombros.
“A polícia, o corpo de bombeiros e os militares fizeram tudo para salvar os possíveis sobreviventes, mas sabemos que as hipóteses são mínimas e provavelmente apenas encontraremos os corpos”, disse o governador, que se deslocou para o local.
Há quase três anos, uma das barragens da empresa Samarco, controlada pelos acionistas Vale e BHP, rebentou na cidade de Mariana, no estado de Minas Gerais, originando uma torrente de lama que destruiu fauna, flora e construções ao longo de 650 quilómetros.
Este desastre causou 19 mortos, além de ter deixado desalojadas milhares de famílias.
A tragédia em Brumadinho já superou o número de mortos do acidente com a barragem em Mariana.
com Lusa