Os documentos que deram entrada no tribunal, depois da descoberta das 11 crianças famintas e vestidas com trapos, indicam que estavam a ser treinadas por um dos homens detidos, Siraj Ibn Wahhaj, que antes desta operação já era procurado pelo sequestro do filho de três anos. A criança não está entre o grupo de resgatados, mas, à medida que investigam o complexo no Novo México, as autoridades descobriram os restos mortais de uma criança do sexo masculino, que ainda não foi identificada, mas que parece corresponder à idade do menino desaparecido.
Siraj Ibn Wahhaj foi detido juntamente com três mulheres, que se presume serem mães das crianças e outro homem. Segundo a NBC, as autoridades acreditam tratar-se de extremistas muçulmanos.
No local foram encontradas várias armas e um campo de tiro.
Mantidas escondidas num atrelado camuflado debaixo de terra, sem água, canalização ou eletricidade, as 11 crianças estavam famintas quando foram encontradas.
Os meios de comunicação norte-americanos citam o relato do xerife de Taos, Jerry Hogrefe, que diz que “o mais surpreendente e desolador” foi encontrar as 11 crianças que pareciam refugiados de um país de terceiro mundo, não só sem comida nem água, como também sem sapatos, sem higiene pessoal e, basicamente, com trapos sujos a fazer de roupa”.
“Todos demos aos miúdos a nossa água e os snacks que tínhamos. Foram as condições de vida mais tristes que alguma vez vi”, lamenta Hogrefe.