A polícia de Londres (Metropolitan Police) defende a utilização da tecnologia de reconhecimento facial apesar dos resultados desastrosos: 98% das pessoas identificadas eram falsos positivos, ou seja inocentes.
E mesmo os dois casos de identificação positiva não levaram a qualquer detenção. Uma pessoa estava numa lista que já não estava atualizada e a outra é um doente mental que costuma incomodar figuras públicas, mas não é um criminoso nem procurado para detenção.
A comissária da polícia, Cressida Dick, referiu que está “completamente confortável” com o uso desta tecnologia e não esperava que levasse “a muitas detenções”, argumentando ainda que a “população espera que se façam estes testes com tecnologia de ponta”.
A utilização do reconhecimento facial é um tema controverso no reino Unido. Embora já esteja a ser utilizado em várias cidades, incluindo Londres, os críticos dizem que estão em causa os direitos humanos relativos à privacidade bem como a liberdade de expressão.
Esta tecnologia, normalmente usada em eventos com muita assistência, como concertos, festivais e jogos de futebol, faz um “varrimento” das pessoas presentes, através das câmaras de vigilância da polícia, que depois é cruzada com as imagens de criminosos procurados.
No entanto, a perfomance é melhor em ambientes controlados, como as fotos tiradas nas fronteiras, do que num espaço com uma multidão.