A esta altura, as comparações com o furacão Katrina, que agosto de 2005 devastou Nova Orleães, são inevitáveis. A tempestade já afetou quase 7 milhões de pessoas e deixou a cidade de Houston, a quarta maior cidade norte-americana, parcialmente submersa e isolada.
Mas ainda há mais chuva a caminho. Tanta que o Serviço Nacional de Meteorologia teve de acrescentar cores ao mapa usado para mostrar a precipitação prevista. É que, até agora, tudo o que excedesse os 380 milímetros de chuva era representado a castanho. Mas o Harvey obrigou a atualizar a escala e o mapa de Houston incluiu, neste momento, um roxo para 500 a 750 milímetros e um lilás para as áreas onde são esperados mais de 750 milímetros.
A precipitação é medida em milímetros (equivalente a litros por metro quadrado), o que quer dizer, como explica no seu site o Instituto Português do Mar e da Atmosfera, que “10 mm de precipitação significa que, num determinado período de tempo e num dado local, caíram 10 litros de precipitação numa área de 1 metro quadrado”. Ou, simplificando, os milímetros correspondem à altura que a água atingiria numa superfícia plana e delimitada.
Até terça-feira, as autoridades americanas não esperam que deixe de chover e o serviço de meteorologia classifica já o fenómeno como “sem precedentes”. “Todos os impactos são desconhecidos e para lá de tudo o que já experimentámos”, escreve a instituição, no Twitter.