Numa altura em que Estados Unidos da América e Coreia do Sul iniciaram os habituais exercícios militares em conjunto, que acontecem todos os anos, a Coreia do Norte divulgou um novo vídeo com várias mensagens dirigidas a Donald Trump e à América. Numa delas, legendada com a frase “O destino dos pecaminosos Estados Unidos acaba aqui”, a imagem do presidente americano aparece sobreposta à de um cemitério com várias cruzes brancas, a assinalar sepulturas. Noutra, sugere-se o lançamento de mísseis na direção de Guam, a pequena ilha no Pacífico controlada pelos EUA (que ali mantêm bases militares estratégicas), acompanhada da inscrição “Eles têm de viver com os olhos e ouvidos abertos porque não sabem quando e como o rocket os vai atormentar, de dia ou de noite”. E noutra ainda, surgem oficiais americanos em chamas, incluindo o vice-presidente Mike Pence e o diretor da CIA, Mike Pompeo, com mais uma mensagem: “Tudo o que a Coreia do Norte precisa de fazer é carregar num botão quando a hora certa chegar. Os Estados Unidos vão viver com medo e ansiedade permanentes. Vão suar tanto neste verão quente.”
É a resposta do regime de Kim Jong Un à recente ‘promessa’ de “fogo e fúria como o mundo nunca viu”, por parte de Donald Trump, se a Coreia do Norte insistisse nas ameaças dos EUA. Sob o título “Qual o custo para os americanos que estão a perder o sono de noite?”, o vídeo é todo falado e legendado em coreano, o que, na interpretação do Washington Post, descarta, por si só, a possibilidade de constituir uma ameaça para levar a sério. Será, antes, mais um exercício de propaganda interno, mas nestes tempos de tensão crescente, por outro lado, qualquer acha para a fogueira pode ter efeitos imprevisíveis.