São dezenas de ataques mortíferos, desde o início de 2016. Com o Estado Islâmico a perder poder no Iraque e na Síria aumentam os atentados fora destes países. Em seis meses e meio, o número de mortes subiu para perto de 400, depois do ataque desta quinta-feira em Nice.
Bélgica
Os atentados em Bruxelas ocorreram no aeroporto e no metropolitano, causando a morte de pelo menos 35 pessoas, incluindo 3 bombistas suicidas e deixaram outras 300 feridas. O grupo extremista autoproclamado Estado Islâmico (EI) ou Daesh reivindicou, horas depois, a autoria dos ataques.
Egito
Homens armados atiraram bombas para um carro da polícia que passava num dos bairros do Cairo, matando oito pessoas. A emboscada, de 8 de maio, foi mais tarde reclamada pelo Daesh. Um mês e meio depois, um homem abateu a tiro o reverendo Rafael Moussa, ministro ortodoxo, na península do Sinai. Mais um atentado reivindicado pelo Daesh.
Bangladesh
Homens armados com facas mataram 20 reféns de várias nacionalidades (incluindo italianos, japoneses e norte-americanos) num restaurante em Dhaka, a 1 de julho. O ataque foi reivindicado pelo Daesh, mas as autoridades do país insistem que se trata de um grupo terrorista local.
Arábia Saudita
Três atentados suicidas semearam o terror no dia 4 de julho. Os ataques ocorreram em Jidá – perto do consulado dos Estados Unidos –, na cidade oriental de Qatif e em Medina, perto da Mesquita do Profeta. Morreram quatro pessoas.
Turquia
Mais de 40 pessoas morreram vítimas de duas explosões no aeroporto de Istambul, uma das cidades mais importantes do país, a 27 de junho. O atentado ainda não foi reivindicado, mas aponta-se o dedo ao Daesh. Antes deste, ocorreram outros três atentados, em Istambul e Ancara, que causaram 48 mortos.
EUA
O atentado que ocorreu na discoteca Pulse, em Orlando, a 12 de junho, foi considerado o pior ataque feito com tiros no país: morreram perto de 50 pessoas, outras tantas ficaram feridas. O autor, um norte-americano muçulmano de origem afegã, trabalhava como segurança e suicidou-se em seguida. O Daesh reivindicou o atentado.
Iémen
Um carro conduzido por um bombista suicida explodiu perto do palácio presidencial na zona sul da cidade de Áden, matando pelo menos 10 pessoas. Mais um atentado reivindicado pelo Daesh.
Indonésia
Uma semana depois do início do ano, oito pessoas morreram num centro comercial de Jacarta, incluindo os cinco autores do atentado. O Daesh reivindicou oficialmente a responsabilidade pelo ataque.
Líbia
Um ataque suicida fez detonar um camião tanque cheio de explosivos no centro policial na cidade de Zliten, a 170 quilómetros da capital Trípoli. Foi a 7 de janeiro, morreram 60 pessoas.
Nigéria
Morreram 22 pessoas numa mesquita de Maiduguri, a 16 de março, depois de duas mulheres-bomba terem atacado a mesquita. A cidade é o berço da insurgência do grupo terrorista Boko Haram que, desde 2009, já provocou a morte a pelo menos 20 mil pessoas. Os radicais islâmicos do Boko Haram juraram lealdade ao Daesh, embora isso não se tenha traduzido numa aliança.
França
Como nunca se tinha visto, um camião acelerou pela avenida marginal de Nice e matou 84 pessoas, 10 das quais crianças, por atropelamento. Mais de 200 outras pessoas ficaram feridas.