Em entrevista ao jornal televisivo Newsnight, da BBC, a ex-militante, identificada com o nome fictício de Ayesha, contou foi levada a juntar-se a um grupo radical islâmico depois de seduzida por um homem que, no Facebook, elogiou a sua beleza.
Ayesha relata ainda ter visto vários vídeos de propaganda jihadista com “militantes bonitos”. “Por alguma razão, todos os vídeos tinham apenas militantes realmente atraentes. Era algo bem glamouroso”, garante. “Dava vontade de ficar com ele antes que ele morresse”, concluiu.
Sobre a doutrinação a que era submetida, a muçulmana britânica, que se juntou à jihad antes do surgimento do Estado Islâmico, tornando-se simpatizante da Al Qaeda e do Al-Shabab, recorda: “Nos sermões, éramos encorajados a pensar que não éramos britânicos e a ver a Grã-Bretanha com uma nação infiel e que era nossa inimiga por matar muçulmanos”.
O afastamento de Ayesha deu-se quando começou a ouvir argumentos de que mulheres não deveriam ter direitos e que era um dever dos muçulmanos matar fiéis de outras crenças.
A entrevista de Ayesha surge num momento em que o Reino Unido discute acaloradamente a questão das “noivas jihadistas”, jovens que fogem para a Síria ou para o o Iraque para se tornarem companheirdas dos extremistas.