“Um acordo de cinco pontos foi concluído” entre as duas partes, declarou à imprensa um responsável do Ministério da Unificação sul-coreano, sem precisar o conteúdo do acordo, conseguido no final do sétimo encontro entre responsáveis do Norte e do Sul, em Kaesong.
As seis reuniões anteriores terminaram sempre sem qualquer resultado. Em abril, a Coreia do Norte fechou unilateralmente o parque industrial, situado a dez quilómetros da fronteira, em território norte-coreano, e retirou os 53.000 trabalhadores das 123 empresas sul-coreanas, que compõem o parque.
A medida das autoridades norte-coreanas surgiu depois de semanas de tensão na península, desencadeadas pela realização de um terceiro teste nuclear norte-coreano, em fevereiro.
O agravamento das sanções da ONU contra o regime comunista e um exercício militar conjunto da Coreia do Sul e dos Estados Unidos levou Pyongyang a ameaçar desencadear ataques nucleares preventivos contra Seul e Washington.
Criado em 2004, Kaesong é uma fonte de divisas estrangeiras para Pyongyang e o único símbolo da cooperação intercoreana, que conseguiu sobreviver a crises anteriores entre os dois vizinhos.
Em quatro meses, as empresas sul-coreanas em Kaesong perderam cerca de mil milhões de dólares.
Na passada semana, o governo de Seul propôs uma compensação de 250 milhões de dólares (188 milhões de euros) aos empresários sul-coreanos, deixando entender não acreditar numa reabertura de Kaesong.
No mesmo dia, Pyongyang apresentou garantias para a reabertura do parque, convencendo Seul a regressar à mesa das negociações.
