“A Infraestruturas de Portugal informa que a greve prevista para os dias 05 e 07 de março foi desconvocada”, lê-se numa nota enviada pela Direção de Comunicação e Imagem da IP.
A greve tinha sido convocada pela Associação Sindical dos Profissionais do Comando e Controlo Ferroviário (Aprofer), que, em janeiro, realizou três dias de greve que cancelaram centenas de comboios e admitiu novas paralisações em março.
Na altura, a Aprofer indicou que, “após cinco anos de um primeiro acordo por concluir, em 2022”, a IP rejeitou até setembro de 2023 fechar com a associação um acordo para “dar cobertura e solução a todo o tipo de perigos profissionais ao nível da saúde física e mental e que ao longo destes anos têm sido o rastilho para a morte precoce e para as doenças incapacitantes”.
Por outro lado, realçou que a IP, no dia 04 de janeiro, disse que “já teria a aprovação de orçamento, para voltar às negociações” e que “simulou uma reunião com a Aprofer” na Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT), quando “afinal o que propunham eram cadeiras, computadores e a reabertura para discussão de questões para as quais já se tinham fechado compromissos em setembro de 2022 e, portanto, no entender da IP e da tutela, seriam estas as razões mais que suficientes, para que a greve do dia 10 de janeiro, não acontecesse”.
A organização disse ainda que a empresa “apresentou cinco ‘cenários’, para a negociação salarial para 2024”, destacando que “em nenhum deles consta o cumprimento dos compromissos para com a Aprofer”.
Também a Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans) criticou as propostas apresentadas pela administração da IP, falando em “imposição” e em redução do “salário real”.
PD (ALN) // MSF