Estas são as conclusões do plenário de hoje do título do grupo Global Media (GMG), a que a Lusa teve acesso.
A redação “decidiu delegar nas delegadas sindicais, no Conselho de Redação [CR] e na direção do jornal (se assim o entender) a função de interlocutores junto da nova administração da GMG no sentido de ouvir e ser ouvida sobre o futuro do DN”, lê-se no comunicado.
“Os trabalhadores do Diário de Notícias recusam ser sujeitos passivos do indispensável processo de revitalização futura do jornal” e isto “implica disponibilidade para considerar um papel interventivo nas decisões com impacto na redação, junto da administração”.
É referido que o reforço da redação do DN, que foi iniciado com a entrada em funções da atual direção, “não é algo que se possa considerar concluído”, mas “longe disso”.
A atual redação “é ainda manifestamente insuficiente para as exigências de um jornal diário com a qualidade que se pretende que o DN tenha” e o título precisa de “um plano de revitalização com medidas a curto, média e longo prazo, que seja discutido entre todos, a todos os níveis, na redação – e apresentado depois à administração”.
O plano deverá ser construído “tendo um horizonte e, no mínimo, cinco anos”, lê-se no documento.
Apesar da redação entender os tempos de incerteza que a Global Media atravessa, defende que a “estabilidade, incluindo editorial, só será conseguida, com garantias de um futuro”, pelo que “por isso mesmo é imperativo que a nova administração saiba que a redação não aceitará emagrecimento” e “exigirá a retoma das negociações com o Sindicato de Jornalista para aplicação do Contrato Coletivo de Trabalho, que conferirá justiça salarial”, conclui.
Na segunda-feira foram nomeados novos administradores e a Comissão Executiva vai ser designada nos próximos dias.
Os acionistas, em assembleia-geral extraordinária, aprovaram por “unanimidade a nomeação para o atual mandato do Conselho de Administração” José Pedro Soeiro, Victor Menezes, Vítor Coutinho, Diogo Queiroz de Andrade e Rui Rodrigues, mantendo-se em funções os acionistas Marco Galinha, Kevin Ho e António Mendes Ferreira.
“Os acionistas do GMG depositam no Conselho de Administração, agora recomposto, plena confiança na missão de proteger e elevar o grupo, as suas marcas e os seus profissionais”, referem, numa comunicação interna no mesmo dia.
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