Ana Figueiredo falava aos jornalistas no final da apresentação das quatro grandes áreas de atuação da dona da Meo nos próximos anos e a nova linha de comunicação da marca, no Altice Arena, em Lisboa.
Sobre os aumentos dos preços, que a Altice Portugal tinha anunciado no ano passado, Ana Figueiredo clarificou que a subida de 7,8% “é uma taxa de inflação que está associado a um cabaz”.
Mas “aquilo que mais nos impacta, do ponto de vista de estrutura de custo e que nós temos assumido nos últimos dois anos sem penalizar os nossos clientes” são os custos de energia, que subiram “mais de 20%” e, por exemplo, o preço do aço, “que eu necessito para o ‘roll-out’ do 5G”, subiu “mais de 40% no espaço de um ano”, explicou.
“Tudo isso foi acomodado na nossa estrutura”, em que se otimizaram os custos, mas também a empresa tem um compromisso com os seus colaboradores, acrescentou.
Esta semana, a Altice Portugal assinou um Acordo Coletivo de Trabalho que atualiza as remunerações entre 2% e 9%.
“Adicionalmente gostaria de referir também a nível da componente salarial deste ano nós vamos investir mais 14 milhões de euros do que aquilo que investimos em 2022 para repor poder de compra também dos nossos trabalhadores”, afirmou.
O grupo tem custos de estrutura e o “que estamos a fazer é uma atualização de preços com base na inflação, pura e simplesmente de uma componente da mensalidade”, referiu.
“Isso é a dinâmica do mercado, se for também ao supermercado, se for a dois supermercados de marca diferente vai ver que se o do lado fizer uma oferta mais competitiva o outro vai procurar acompanhar”, afirmou, quando questionada sobre as ofertas semelhantes entre operadores.
Do ponto de vista do preço, “verificou-se que tem havido uma diminuição do preço mais em Portugal do que nos restantes países”, rematou.
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