Num comunicado, a empresa informou que “após resultados atribuíveis aos interesses que não controlam” a Corticeira Amorim fechou 2022 “com um resultado líquido de 98,4 milhões de euros, um aumento de 31,6% face ao ano anterior (+25,3% excluindo a consolidação da SACI)”.
O grupo destacou que no ano passado, as vendas atingiram 1.021 milhões de euros, um crescimento de 21,9% face ao ano anterior”, sendo que a “consolidação da atividade das empresas do grupo SACI, desde 01 de janeiro, e o sólido crescimento orgânico (+7,9%) contribuíram significativamente para este crescimento”.
De acordo com a Corticeira, “apesar do abrandamento registado ao longo do ano, todas as unidades de negócio (UN) registaram crescimento das vendas, refletindo a melhoria do ‘mix’ de produto, a subida de preços e maiores níveis de atividade”, sendo que a evolução cambial teve também um impacto positivo, disse o grupo, explicando que sem este efeito, “as vendas teriam subido 19,9%”.
O EBITDA (resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações) consolidado subiu para 164 milhões de euros no ano, o que compara com 134,4 milhões de euros em 2021, adiantou a empresa.
“As pressões inflacionistas continuaram a penalizar os resultados, com especial destaque para o agravamento significativo dos preços de energia e de algumas matérias-primas, bem como o aumento dos custos com pessoal”, lê-se no comunicado, onde a empresa explicou que “os esforços de melhoria do ‘mix’ de produto e de ajuste dos preços foram determinantes para a proteção da rentabilidade em 2022”.
No final de dezembro, a dívida remunerada líquida da Corticeira Amorim ascendia a 129 milhões de euros, face aos 48 milhões de euros registados no final de 2021 “refletindo as aquisições realizadas em 2022, nomeadamente a participação de 50% na SACI (49 milhões de euros), a participação de 50% na Cold River’s Homestead, detentora de uma parte da chamada Herdade do Rio Frio (15 milhões de euros) e o terreno de uma outra parte da Herdade do Rio Frio (22 milhões de euros)”.
Por outro lado, “os aumentos do investimento em ativo fixo (77 milhões de euros) e das necessidades de fundo de maneio (48 milhões de euros), assim como o pagamento de dividendos (39 milhões de euros), contribuíram também para o crescimento do valor da dívida líquida em 2022”, disse a Corticeira.
O grupo destacou, por fim, “o reforço dos instrumentos de financiamento sustentável que totalizavam 86 milhões de euros no final de 2022 (dois novos Programas de Emissões de Papel Comercial verde em dezembro)”.
Tendo em conta estes resultados, o Conselho de Administração do grupo “deliberou propor à Assembleia Geral de acionistas, a realizar no próximo dia 28 de abril, a distribuição de um dividendo bruto de 0,20 euros por ação.
ALYN // EA