De acordo com informação a que a agência Lusa teve acesso, o grupo, que detém as revistas Nova Gente, Maria e VIP, entre outros títulos, comunicou a decisão de manter os trabalhadores em teletrabalho numa reunião com os diretores das revistas.
Segundo as mesmas fontes, a administração decidiu ainda transformar o edifício sede da empresa, para o rentabilizar, apesar de os contratos com os trabalhadores definirem aquelas instalações como o local de trabalho, sendo que o recurso ao teletrabalho – em que se encontram – deveria ser uma situação temporária, como medida para conter a propagação da covid-19.
A Lusa contactou várias vezes a Impala, na tentativa de falar com a administração do grupo, sem sucesso até ao momento.
No final de maio, o Sindicato dos Jornalistas (SJ) anunciou que tinha sido informado por trabalhadores da Impala de que o grupo vai avançar com o despedimento coletivo de 54 pessoas, desconhecendo quantos são jornalistas.
“O SJ foi também informado de que a Impala está já a substituir os trabalhadores que serão dispensados por pessoal de uma empresa paralela chamada Win-Worldimpala, que tratava dos conteúdos ‘online’ do grupo, ao que nos foi reportado em condições laborais menos justas e dignas”, denunciava ainda a estrutura sindical.
O sindicado diz que “já questionou a administração do grupo sobre essa opção, que considera altamente questionável e eticamente reprovável”, e “apela ainda aos trabalhadores da Impala para que constituam órgãos coletivos de representação, para que melhor se possam defender”.
De acordo com o avançado por vários media, a Impala fez um pedido para aceder ao regime de ‘lay-off’, mas este terá sido recusado por a empresa estar em Processo Especial de Revitalização (PER). Este foi homologado em junho de 2016, de acordo com o portal Citius.
MPE (ALU) // JNM