“Nos próximos anos temos de nos concentrar em cortar a burocracia, os impostos e as taxas. Devemos começar pelo IRC e depois baixar a fiscalidade sobre as famílias”, afirmou o governante aos jornalistas no final de um encontro no Ministério da Economia, em Lisboa, com os líderes de grandes empresas portuguesas.
Questionado sobre quando é que a redução da carga fiscal poderá avançar, o ministro disse que a mesma deve acontecer “assim que seja possível”, não assegurando que ocorra até ao final do mandato do atual Executivo.
Santos Pereira revelou que a reunião de duas horas e meia com os gestores de 16 grandes empresas portugueses, entre os quais António Mexia (EDP), Henrique Granadeiro (PT) e Belmiro de Azevedo (Sonae), serviu para ouvir as preocupações e as expectativas dos responsáveis de forma a tornar o tecido empresarial português mais competitivo.
No final do encontro, os empresários não quiseram prestar declarações aos jornalistas, limitando-se a referir a importância deste tipo de iniciativas.
O presidente do CDS-PP, Paulo Portas, defendeu na terça-feira que o “desagravamento fiscal em sede de IRS” deve começar na actual legislatura governamental.
“No plano fiscal, a maioria deve estabelecer um calendário e objectivos firmes, para, após a reforma do IRC, iniciar, ainda nesta legislatura, o desagravamento fiscal em sede de IRS”, defendeu Paulo Portas.
A ideia consta da moção de Paulo Portas ao XXV Congresso do CDS-PP – que se realiza a 06 e 07 de Julho na Póvoa do Varzim – e que o também ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros apresentou na sede do partido, no Largo do Caldas, em Lisboa.