Origem
A expressão “Mercados Emergentes” foi criada em 1980, pelo economista – Antonie Van Agtmael – do Banco Mundial, para designar os “mercados do terceiro mundo”. Porém, como a expressão “mercados do terceiro mundo” transmitia a ideia de subdesenvolvimento e de ausência de potencial económico, foi então, imediatamente, substituída por “Mercados Emergentes”. Esta expressão, é também utilizada pelos economistas quando se referem às Economias Emergentes, uma vez que traduz potencial de crescimento e de desenvolvimento. Desde então, generalizou-se o uso da expressão “Mercados Emergentes” e a indústria financeira tem procurado explorar o potencial dos investimentos efectuados nesses mercados.
‘Drivers’
Os Mercados Emergentes estão de facto a mudar os paradigmas de funcionamento da economia global e a emergir como verdadeiras potencias mundiais.
Neste artigo, procuraremos descrever o que está na origem das oportunidades de investimento nos Mercados Emergentes.
Utilizando a metodologia de análise “causa->efeito->oportunidade” nos Mercados Emergentes disponibilizamos a seguinte informação:
Nota prévia: para uma melhor compreensão, p.f. fazer corresponder o nº da causa ao n.º do efeito e ao n.º da oportunidade.
Causas
1. Rápido Crescimento Económico: depois de um crescimento de 4% em 2010, o FMI projecta que no período de 2011 a 2014 as economias emergentes crescerão 6% ao ano. Por comparação, as economias dos mercados desenvolvidos deverão atingir um crescimento máximo de 3% no mesmo período.
2. Elevadas taxas de poupança na Ásia: apesar do aumento do consumo, estima-se que o nível de poupança das famílias atinja 17% do rendimento disponível.
3. Migração para as cidades/centros urbanos: a migração das zonas rurais para as cidades é uma das maiores tendências demográficas que se está a verificar nos mercados emergentes. Por exemplo, no Brasil, estima-se que em 2020, cerca de 90% da população esteja em zonas urbanas.
4. Desejo pela estabilidade social: para os governos das economias emergentes, o contentamento público (ou, no mínimo, a ausência de agitação social), é um factor importantíssimo para a manutenção do poder.
5. Recursos naturais como fonte de riqueza: a maioria das economias emergentes é “abençoada” por possuir reservas petrolíferas, metais e minérios industriais e outros recursos naturais.
6. Transparência empresarial: algumas das economias emergentes, já integradas na economia global, têm melhorado as suas políticas de governação empresarial, adoptando as mesmas regras e padrões de comportamento internacionais.
Efeitos
1. Aumento dos rendimentos das famílias: o rendimento médio das famílias tem aumentado rapidamente nas principais economias emergentes. Por exemplo, no Brasil, aumentou cerca de 50% desde 2004.
2. Baixo nível de endividamento das famílias: p.e., nas economias emergentes asiáticas o nível de endividamento é muito inferior ao das famílias do mundo desenvolvido.
3. Construção de infraestruturas: o fenómeno da migração para os centros urbanos implica a construção de redes eléctricas, de saneamento básico, de telecomunicações, de vias rodoviárias, etc.
4. Políticas de manutenção de paz e de prosperidade: muitos dos governos das economias emergentes estão a criar oportunidades para que os cidadãos melhorem o seu nível de qualidade de vida.
5. Exploração, desenvolvimento e produção: em parceria com empresas estrangeiras ou por produção/exploração própria, os governos das economias emergentes estão determinados em trazer os recursos naturais para o mercado.
6. Facilidade na atracção de investimentos estrangeiros: os investidores procuram evitar empresas que não conhecem/compreendem. Por via de uma maior transparência empresarial, através da divulgação e disponibilização de mais informação ao mercado, reduzem-se assim os riscos dos investidores.
Oportunidades
1. Aumento do consumo doméstico: à medida que o rendimento das famílias aumenta, aumenta também a disponibilidade destas para adquiriem um maior leque de bens e serviços que já são consumidos no mundo desenvolvido.
2. Aumento do capital disponível para investimento: um número crescente de famílias está agora a investir no mercado de capitais. Este novo fluxo de capitais, torna o mercado mais líquido e mais atractivo para os investidores estrangeiros.
3. Procura de matérias-primas (‘commodities’): a criação de infraestruturas consome uma enorme quantidade de energia e de outras matérias-primas (como o cobre, o aço, o alumínio, o cimento, etc).
4. Criação de empregos: o empenho dos governos na criação de empregos qualificados, permite uma maior mobilidade dos trabalhadores, e por esta via uma maior estabilidade das populações.
5. Receitas para os governos: as receitas directas da exploração dos recursos naturais e/ou dos impostos sobre a exploração desses recursos pode transformar uma nação pobre numa nação rica. Os desafios de longo prazo estão na forma como a riqueza de cada país é usada no desenvolvimento económico de futuras oportunidades.
6. Mercados mais líquidos: um maior número (‘pool’) de investidores pode impulsionar os mercados, encorajar a novas ofertas públicas, proporcionar a criação de emprego e potenciar o crescimento económico dos mercados emergentes.
Neste contexto de análise “causas->efeitos->oportunidades” é possível aferir todo o potencial estratégico que os Mercados Emergentes apresentam. Porém, é necessário analisar também os principais riscos específicos de cada mercado e só depois tomar as decisões de investimento que aproveitem as boas oportunidades.
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