O estudo do estatal Instituto de Pesquisa Económica Aplicada (IPEA) indicou que, no ano passado, apenas um por cento dos cerca de 190 milhões de habitantes estava no topo da pirâmide social.
“Apesar da diminuição dos abismos sociais desde 2001, o Brasil cintinua a ser um monumento às grandes desigualdades”, afirmou Sergei Moraes, investigador daquele Instituto.
Moraes salientou que a diminuição das desigualdades sociais é comprovada pela contínua quebra do índice Gini, usado para medir a desigualdade em um país e com variação entre 0 a 1.
O estudo indicou que o índice Gini, no Brasil, passou de 0,594 em 2001 para 0,544 no ano passado.
O investigador avançou que a diminuição para 0,40, patamar considerado “justo” segundo os padrões internacionais, deverá demorar uns 20 anos no Brasil.
Segundo Moraes, a única maneira de acelerar a diminuição da desigualdade social é investir “mais e melhor” em políticas públicas direccionadas para os mais pobres, designadamente na área da educação e da capacitação profissional.Os milionários brasileiros gastam em apenas três dias o mesmo que os pobres durante todo o ano, revelou um estudo oficial hoje tornado público