A História do desporto nacional escreve-se com factos como este: Portugal, que nunca tinha estado numa final olímpica do triplo salto feminino, vai ser a única nação com duas atletas na final dessa prova nos Jogos do Rio de Janeiro, no domingo, 14, à noite, no Estádio do Engenhão.
Patrícia Mamona e Susana Costa conseguiram a qualificação na manhã de sábado, ambas nos seus últimos saltos. Patrícia Mamona abriu o concurso com 13,80 metros, subindo depois, no segundo ensaio, para 14,07 metros. No terceiro e último consolidou a classificação para a final com um salto de 14,18 metros.
Susana Costa começou com 13,70 metros, melhorando no segundo ensaio para 13.72 metros. A presença na final foi assegurada no derradeiro salto, quando pulou 14.12 metros.
Na final (que em Portugal será transmitida na madrugada de domingo para segunda-feira, a partir das 0.55 horas), as duas portuguesas vão defrontar representantes da Finlândia, Estados Unidos, Grécia, Venezuela, Jamaica, Cazaquistão, Polónia, Alemanha, Israel e Colômbia.
Em termos de marcas pessoais, Patrícia Mamona (com 14,58m) tem a sétima melhor entre as 12 concorrentes, enquanto Susana Costa (14,34) possui a décima.
Na final participam três atletas que já saltaram acima dos 15 metros: a colombiana Caterine Ibarguen (15,31), a cazaque e actual campeã olímpica Olga Rypakova (15,25) e a venezuelana Yulimar Rojas (15,02).
O triplo salto feminino é modalidade olímpica desde 1996, estreando-se nos Jogos de Atlanta. Os Jogos de Londres, há quatro anos, foram os únicos onde a medalha de ouro não foi atribuído a uma atleta que tivesse saltado acima dos 15 metros – Olga Rypakova, ficou-se pelos 14,98m, num concurso onde a medalhada de bronze saltou 14,79 metros. Curiosamente, nessa final, houve três nações que conseguiram colocar duas atletas entre as 12 finalistas: Ucrânia, Rússia e Jamaica. Desta vez, apenas Portugal o fez.