Contra as expectativas, o Festival de Cinema de Veneza vai mesmo decorrer este ano. Com medidas mais exigentes, o produtor Roberto Cicutto, presidente da Bienal de Veneza, tenta mostrar que é possível adaptar a indústria do cinema às imposições da Covid-19.
Com 23 mil mortos em Itália, as probabilidades de realização do festival de cinema mais antigo do mundo pareciam baixas. Já Cicutto viu o panorama como uma oportunidade para relançar a Sétima Arte – que tem sido gravemente afetada durante os últimos meses.
Desde a obrigatoriedade do uso de máscara, distanciamento social e medições frequentes de temperatura, os convidados do festival serão acompanhados de perto pela organização – com ajuda de uma base de dados.
Os convidados que venham de fora do Espaço Schengen terão ainda que realizar dois testes de Covid, antes e depois do evento, para despistar possíveis cadeias de transmissão.
Apesar da intenção de realizar o maior festival internacional num cenário de pandemia, não se deixa de sentir um clima de preocupação entre os organizadores do evento. Veneza não quer seguir os passos do Festival Sundace, que ocorreu em janeiro deste ano, e foi considerado como “incubador do coronavírus”.