Nascido em 1923 (faria 90 anos em dezembro), Urbano Tavares Rodrigues estava internado há três dias no Hospital dos Capuchos, em Lisboa.
Formado em Filologia Românica pela Faculdade de Letras de Lisboa, destacam-se as suas atividades como escritor, ensaísta, tradutor, professor.
O seu último romance a ser publicado foi Escutando o rumor da vida seguido de solidão em brasa, em 2012.
De 1974 a 1993 integrou os quadros da Faculdade de Letras de Lisboa, onde exerceu a atividade docente. Durante a ditadura, envolveu-se com frequência em acções de resistências e, 1969, filiou-se no Partido Comunista. Foi detido várias vezes. Depois do 25 de abril de 1974, participou ativamente na vida política nacional, tendo integrado as listas do PCP nas eleições legislativas de 1975.
Colaborou em diversas publicações periódicas, como como “Bulletin des Études Portugaises”, “Colóquio-Letras”, “Jornal de Letras”, “Vértice” e “Nouvel Ovservateur”. Foi diretor da revista “Europa” e crítico de teatro nos jornais “O Século” e “Diário de Lisboa”.
Foi diretor da extinta Sociedade Portuguesa de Autores e, em 1980, nomeado presidente da Associação Portuguesa de Escritores.
A sua obra literária valeu-lhe várias distinções, como o Prémio Ricardo Malheiros para Uma Pedra no Charco, em 1958; o Prémio da Imprensa Cultural, em 1966, para Imitação da Felicidade; o Prémio Aquilino Ribeiro da Academia de Ciências para Fuga Imóvel, em 1982; o Prémio da Crítica do Centro Português da Associação Internacional de Críticos Literários, em 1987, para Vaga de Calor; o Prémio Fernando Namora para Violeta e a Noite, em 1991; e o Grande Prémio de Conto Camilo Castelo Branco, da Associação Portuguesa de Escritores, para A Estação Dourada.
Urbano Tavares Rodrigues foi casado com a também escritora Maria Judite de Carvalho.