Se ele vai para a guerra, deixai-lo ir, ele é rapaz novo, ele torna a vir”, já dizia a Laurindinha. E neste filme, apesar de ser americano, e passar-se no século XXI, não muda muita coisa. Onde quer que um homem vá para guerra, haverá uma mulher de coração apertado que anseia pelo seu regresso. Um início clássico para uma história de amor. E mesmo em tempo de tecnologias de ponta, mil saudades se escrevem em cartas.
Nada disto é muito importante para Juntos ao Luar (Dear John), a adaptação ao cinema do best-seller de Nicolas Sparks, por Lee Hälstrom. O que realmente conta é Channing Tatum e Amanda Seyfied, os actores que contracenam e fazem as delícias do público adolescente de ambos os sexos. Porque na verdade, nada de especial se passa ao longo desta hora e meia de filme. Nem a guerra é minimamente dramática, nem a paz particularmente excitante. Aliás, é mesmo um filme de amor assexuado, pueril, roçando mesmo o puritano. O que é de pasmar nos tempos que correm. Comete mesmo alguns excessos.
Por exemplo: ele está numa missão algures perdido no mundo. Tem apenas dois dias de folga. Mas, por força do amor, faz 16 horas de viagem só para a encontrar. Uma vez juntos, o que é que eles fazem? Jantam ao luar? Vão para a cama? Ele pede-lhe em casamento? Não, nada disso, apresentam-se à família. Ao pé deste a Beatriz Costa era uma grande marota. Que me perdoe essa traidora de franja.