O ataque desta manhã no Centro Ismaili de Lisboa, protagonizado por um cidadão afegão, de cerca de 40 anos, munido de uma faca de grandes dimensões, levou a PSP a criar um perímetro de segurança musculado naquela zona das Laranjeiras.
Elementos da Unidade Especial de Polícia (UEP) mantêm-se no local, fortemente armados, enquanto, no interior do Centro, a Polícia Judiciária (PJ) já se encontra a efetuar as primeiras diligências. Luís Neves, diretor Nacional da PJ, também se deslocou ao local, tal como uma equipa de psicólogos do INEM, que está a prestar assistência às pessoas que estavam dentro do Centro Ismaili na altura do ataque.
De acordo com as primeiras informações, recolhidas no local, um cidadão afegão residente em Odivelas, há aproximadamente um ano, terá atacado, a meio da manhã desta terça-feira, com uma arma branca, várias pessoas que se encontravam no Centro Ismaili, em Lisboa, provocando duas mortes e um ferido grave. As duas mulheres portuguesas que morreram eram funcionárias no centro.
Chamada ao local, a PSP travou o ataque. Em comunicado enviado às redações, a PSP confirma que os agentes envolvidos no caso abriram fogo, “atingindo e neutralizando o agressor”. “O atacante foi socorrido e conduzido a unidade hospitalar, encontrando-se vivo, detido e sob a nossa custódia”, lê-se na nota.
Em declarações à SIC, o líder da comunidade ismaelita, Nazim Ahmad, confirmou que “o agressor é afegão e que as vítimas do ataque são mulheres de nacionalidade portuguesa”, na casa dos 20 e 40 anos.
Ambiente de consternação
Em torno do Centro Ismaili, o ambiente que se vive, neste momento, é de consternação. Familiares das vítimas mortais já chegaram ao local.
À VISÃO, Mohamed Iqbal, presidente da Comunidade Islâmica de Lisboa, conta que soube dos acontecimentos “quando estava numa reunião”, deslocando-se de imediato ao local para “prestar a minha solidariedade a toda a comunidade Islâmica de Lisboa e de Portugal”.
“Lamento muito o que aconteceu, quero deixar uma palavra de pesar às familias das vítimas”, afirmou, dizendo que agora “é hora de aguardar que a investigação esclareça tudo o que aconteceu”, concluiu.