O respeito pelos direitos humanos continua a agitar a sociedade saudita.
No caso de uma mulher pretender votar nas eleições municipais tem de ser acompanhada por um homem, se pretende viajar para o estrangeiro o seu marido tem de autorizar, caso alguém critique o rei Abdallah é imediatamente detido.
Sheima Jastaniah gosta de conduzir e durante o passado mês de Junho voltou a desafiar as autoridades. A mulher conduziu durante vários quilómetros e acabou presa.
Na semana passado um homem foi decapitado após ter sido acusado de bruxaria.
As chicotadas vão ser aplicadas nas costas da mulher na praça pública da sua cidade. As autoridades pretendem que a atitude de Sheima seja vista como um exemplo para futuras infrações de senhoras condutoras.
Em maio, as autoridades da cidade de Al Khobar prenderam Manal al Sharif, uma assessora de segurança informática de 32 anos, que optou por conduzir o seu veículo por diversas vezes e exortou outras mulheres a adotarem a mesma atitude através de um vídeo colocado no YouTube.
As autoridades desta cidade do leste da Arábia Saudita obrigaram Manal al Sharif a assinar um documento onde se comprometia a não voltar a conduzir, e foi libertada após 13 dias na prisão.
Após este incidente, várias mulheres foram detidas por conduzirem em diversas regiões da Arábia Saudita, que acabaram por ser libertadas após assinarem compromissos semelhantes.
A campanha, designada “Women2Drive“, utilizou as redes sociais Facebook e Twitter para incitar as mulheres da Arábia Saudita a conduzirem automóveis como parte integrante das suas atividades quotidianas.
As autoridades de Riade adotaram medidas drásticas após algumas mulheres com cartas de condução internacionais terem promovido diversas ações para desafiar essa proibição.
Na altura, o rei Abdallah acabou por decidir libertar Manal al-Sharif e pondera suspender a proibição de conduzir para as mulheres a partir de 2015.