É um daqueles casos em que o nome se confunde com a marca. Bic e caneta esferográfica são, sejamos honestos, praticamente a mesma palavra. Em boa verdade, a caneta Bic como a conhecemos (ok, numa versão ligeiramente mais vintage) nasceu na segunda metade da década de 40, pelas mãos de um barão italiano chamado Marcel Bich, após ter comprado a patente de uma esferográfica – uma caneta com uma bola na ponta, que ajudava a distribuir melhor a tinta – com a ideia de fazer um negócio. Adquiriu-a ao jornalista húngaro Lászlo Biró, que tinha desenvolvido um modelo de caneta com uma tinta mais duradoura do que a de tinta permanente e que não deixava borrões no papel. A ideia tinha sido desenvolvida em 1938, a meias com o irmão, mas os dois abandonaram-na quando se refugiaram na Argentina, durante a Segunda Guerra Mundial. Antes deles, porém, já o norte-americano John J. Loud tinha desenhado uma patente de esferográfica, em 1888. A esfera de aço na ponta servia para utiilizar a caneta em superfícies mais rugosas, sobretudo couro. O uso, porém, era algo limitado e a patente acabou por expirar.
De volta a Marcel Bich, foi com o sócio Édouard Buffard que comprou a patente ao jornalista húngaro. Juntos construíram uma fábrica para produzir as canetas em França, usaram o nome do fundador – sem o ‘h’ – para batizar o produto e lançaram uma campanha de publicidade de enorme sucesso, que tornou a caneta popular na Europa e no mundo. De salientar que do outro lado do Atlântico, porém, outras empresas desenvolveram as suas próprias canetas esferográficas, também com base na invenção do húngaro. Nota ainda para outra famosa invenção de Marcel Bich, o criador do primeiro isqueiro regulável, marca… Bic, claro.
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