Aviso à navegação: este texto não pretende desencorajar os estudos da matemática – e muito menos por oposição à dedicação ao mundo das letras. Áreas complementares, no entender da PRIMA. É apenas, e em jeito de curiosidade, como é hábito da rubrica brain snack, uma forma de trazer historietas que podem muito bem servir de quebra-gelo em qualquer ocasião. No caso, contar que três ilustres figuras da área da Ciência foram alunos medíocres nas disciplinas matemáticas.
A história é trazida pelo site Mental Floss e junta várias figuras. Escolhemos falar de três: Charles Darwin (1809-1882), o autor da teoria da evolução das espécies, confessa na sua autobiografia, The Life and Letters of Charles Darwin (com textos reunidos pelo seu filho, Francis Darwin) que teve alguma dificuldade em evoluir na matemática. “O trabalho era-me repugnante, principalmente por não conseguir ver qualquer significado nos primeiros passos da álgebra. Esta impaciência foi muito tola e nos anos seguintes lamentei profundamente não ter ido suficientemente longe para compreender algo dos grandes princípios da matemática, pois os homens assim dotados parecem ter um sentido extra.”
Também Alenxander Graham Bell (1847-1922), para sempre associado à invenção do telefone, teria, segundo dizem, uma relação complicada com a matemática. De acordo com o seu biógrafo, Robert V. Bruce, no livro Bell: Alexander Graham Bell and the Conquest of Solitude, o cientista gostava do exercício intelectual da disciplina, mas “aborrecia-se, e por isso, era descuidado a calcular a resposta final quando aprendia o método”, o que não lhe valeu grandes notas, sobretudo quando comparado com outros cientistas.
Os fãs de Parque Jurássico conhecem com certeza o nome Jack Horner, paleontólogo, famoso por descobrir os primeiros ovos de dinossauro no hemisfério ocidental, estudioso das ligações entre mães e filhos dinossauros e a figura que serviu de inspiração à personagem Alan Grant (interpretada por Sam Neill) no filme. Nascido em 1946 no Montana, Estados Unidos, frequentou a Universidade do Montana, formou-se em Zoologia e o Geologia mas acabou por nunca terminar os estudos universitários (o bacharelato, nos Estados Unidos), por ter algumas dificuldades na leitura, escrita e matemática. Em 1979, foi-lhe diagnosticada dislexia, o que justifica algum insucesso escolar. Contudo, esta incapacidade não o impediu de uma aprendizagem, chama-lhe, mais autónoma, que o levou a grandes descobertas.
Outros snacks de informação:
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