Estampados de folhas de eucaliptos naturais, rendas portuguesas aplicadas nas peças, franjas feitas à mão pela mãe, uma de cada vez, tudo em linho e algodão. Há dedicação – e há amor, muito amor – envolvido nos têxteis da BICLA, a marca de Cláudia Alemão. Nascida em São Jorge, Açores, para onde a fundadora se mudou quando quis deixar a indústria da moda, na qual trabalhou durante quase 30 anos, cresceu no Porto e hoje tem na exportação 90% das vendas, em países como Estados Unidos, Japão e Austrália. “E continuo a ser eu a fazer tudo à mão. Só tenho uma rapariga que me ajuda na costura”, confessa a fundadora, na apresentação da nova coleção, na loja San Pi, em Campo de Ourique.

Diz-se uma ciclo-ativista, “foi a bicicleta que mudou a minha vida e me ajudou a desacelerar” e graças a ela, encontrou nome e propósito para o seu projeto pessoal. “Tudo isto tem muito a ver com esse abrandar”, conta. Começou por fazer malas e porta-moedas em sacos de cimento, depois vieram os têxteis para casa, criados numa máquina de costura que tinha levado consigo para os Açores, e as vendas na loja Coração Alecrim, no Porto. “Nos últimos anos tive um grande boom.”
As peças são todas feitas em linho e algodão – “o fio do linho é francês, mas tecido em Portugal” – e é Cláudia quem corta, quem estampa, quem cose e quem trata de todas as encomendas. Especializou-se em têxteis de cozinha, que vão desde individuais a guardanapos (o seu bestseller), desde filtros de café a panos de cozinha, desde as bento bags (panos para levar marmitas) a toalhas de chá e ainda toalhas de mesa e mini-guardanapos, e pela primeira vez apresenta uma coleção de almofadas de cama. “Com cores mais sóbrias, versões lisas, mas também com alguns padrões simples”, e em cores mais neutras, como o verde seco, o branco e o rosa.

As peças estão à venda no site da BICLA, nas lojas da San Pi e Madalena à Janela (em Lisboa), na Coração Alecrim, Florida e Santo da Casa (no Porto).