A Mercedes-Benz quer que os seus próximos veículos passem a ter supercomputadores a bordo capazes de lidar com informação proveniente dos vários sensores de condução autónoma. Para fazer face à concorrência da Tesla e de marcas chinesas, a Mercedes aliou-se à Google para obter dados de trânsito em tempo real.
Os carros da Tesla, com os sensores e computadores a bordo para avaliar o desempenho, medir autonomia da bateria ou capacidades de condução autónoma que podem ser atualizados remotamente, marcam uma nova era na indústria automóvel, com as marcas a tentar adaptar-se e reagir, optando também por colocar mais informática a bordo.
A Mercedes estabeleceu assim várias parcerias com empresas tecnológicas para tentar ter uma solução avançada e a custos razoáveis. Ola Kaellenius, CEO da marca, explica que assinou um acordo de partilha de receita com a Nvidia para conseguir reduzir o custo de desenvolvimento e aquisição de semicondutores avançados, noticia a Reuters.
Além disso, a Luminar Technologies (fabricante de sensores, onde a Mercedes tem uma pequena participação) assinou também um acordo de muitos milhares de milhões de dólares para integrar os seus sensores em vários veículos até meados da década, noticia a Reuters.
Com a Google, a Mercedes vai colaborar na informação em tempo real sobre o trânsito, sobre a possibilidade de ver vídeos do YouTube a bordo quando o carro está estacionado ou em modo de autonomia de Nível 3 (quando o condutor pode tirar os olhos em certas estradas, mas deve estar pronto a assumir o controlo caso necessário).