Dois rebocadores transportaram um conjunto de 12.000 painéis solares flutuantes até ao local escolhido na albufeira do Alqueva a partir da qual vão começar a funcionar já em julho. Trata-se da maior central fotovoltaica flutuante da Europa e tem o tamanho de quatro campos de futebol.
A instalação foi construída pela EDP e faz parte de um plano nacional para diminuir a dependência de combustíveis fósseis, situação acentuada particularmente pela invasão russa que fez subir os preços do gás. Segundo a agência Reuters, esta central vai ter uma capacidade instalada de cinco megawatts (MW) e custa um terço da eletricidade produzida numa central a gás. Os painéis solares vão produzir 7,5 GWh de eletricidade durante um ano e são complementados por baterias de lítio capazes de armazenar 2 GWh.
Esta central vai fornecer eletricidade a 1500 famílias, o que equivale a um terço das necessidades das povoações vizinhas da albufeira de Moura e Portel.
Entre as vantagens de se optar por painéis solares flutuantes em reservatórios, está a não necessidade de um terreno para se instalar, bem como a facilidade de conexão com a rede elétrica existente no local. O jornal Público salienta ainda que o excesso de energia gerada em dias de muito sol pode ainda ser usado para bombear água de volta à albufeira e usá-la para depois gerar eletricidade em dias com nuvens ou de noite.
A EDP já tem planos para expandir este projeto, tendo assegurado em abril o direito a um segundo parque solar flutuante com capacidade instalada de 70 megawatts.