A estratégia da Ford para atingir a neutralidade carbónica até 2050 assenta num pilar dividido em três: reduzir as emissões poluentes dos seus veículos, das suas fábricas e dos seus fornecedores. Estas três fontes são responsáveis por 95% de todas as emissões poluentes da marca.
Assim, a fabricante compromete-se a alimentar todas as unidades de produção com energias renováveis locais até 2035. O maior desafio vai ser em torno dos veículos que produz e que são responsáveis por 75% das emissões poluentes totais da Ford. Os carros vendidos em todo o mundo criam 135 milhões de toneladas de dióxido de carbono, lê-se no relatório de sustentabilidade divulgado hoje.
A empresa explica que já conseguiu reduzir as emissões das fábricas em 19% em 2019 e que está confiante de estar no bom caminho. Este número equivale a remover 138 mil carros de passageiros das estradas num ano.
Apesar de a administração Trump ter refreado a exigência no que diz respeito aos standards de eficiência relacionados com a emissão de gases provenientes da combustão nos veículos, fabricantes como a Ford, a Volkswage, a Honda e a BMW acordaram em melhorar estes índices até 2026, noticia o The Verge.
Há dois anos, a Ford tinha anunciado o investimento de mais de 11 mil milhões de dólares em veículos elétricos até 2022. Agora, o plano da neutralidade carbónica até 2050 coloca a empresa ao nível da Volvo e da Volkswagen, por exemplo, que também o fizeram.
Bob Holycross, vice-presidente da Ford, afirma que “acreditamos que produzir bons veículos e manter um negócio saudável não tem de ser feito às custas de proteger o nosso planeta. Estas prioridades estão dependentes umas das outras”.