A NIU apresenta-se não como um fabricante de veículos, mas sim como uma tecnológica. Segundo os responsáveis da marca em Portugal “os problemas da mobilidade urbana são, essencialmente, um problema tecnológico”, que a NIU pretende ajudar a resolver com scooters elétricas compactas e “inteligentes”. Em resposta à Exame Informática, os responsáveis garantiram que todas as scooters da marca são fornecidas de fábrica com ligação permanente à Internet sem custos acrescidos para o utilizador. Esta ligação é usada, por exemplo, para localizar geograficamente a scooter e verificar o estado de carga da bateria.
A marca chinesa reforça a origem tecnológica relembrando que as scooters são desenvolvidas em parceria com a Bosch (motores), Panasonic (baterias) e Vodafone (conectividade).
A abertura da loja em Lisboa, em Alcântara, estava prevista para ter acontecido há três meses, mas a pandemia obrigou a adiar a abertura para o final de maio. Na loja estão disponíveis uma grande variedade de modelos, começando na versão mais económica, um ciclomotor (velocidade limitada a 40 km/h) compacto, com um preço de €1889 e autonomia de 30 a 40 km. As versões mais avançadas contam com motor de 3500 watts de potência nominal, velocidade máxima de 70 km/h e autonomia superior a 100 km
Desempenho satisfatório
Durante a apresentação, experimentámos a versão NGT Sport (€2990), que nos pareceu confortável e bem construída. Não ouvimos ruídos parasitas quando circulamos em algumas ruas com piso em mau estado que existem na zona. O percurso foi curto, mas a dinâmica pareceu-nos bastante satisfatória, com travões reativos e a aceleração progressiva e poderosa q.b.. Mas fica a promessa que faremos uma análise aprofundada logo que possível.
A NIU aponta as scooters elétricas da marca para uma utilização urbana, com destaque para distâncias até 10 km. Situação em que, de acordo com Yan Li, CEO da NIU Technologies, “os carros tendem a rodar a uma média de 15 km/h e o transporte público fica cada vez mais sobrelotado, dificultando o seu uso”. Para os responsáveis da marca em Portugal, a situação de pandemia que se vive atualmente “reforça as mais-valias das scooters elétricas”, já que este tipo de veículos permite um maior isolamento do que os transportes públicos ao mesmo tempo que garantem facilidade de deslocação e estacionamento. Além disso, “nem sequer precisam de ir à bomba de combustível já que as baterias são amovíveis e podem ser carregadas em casa ou no trabalho como se fosse um telemóvel”.
Quanto ao retorno de investimento, os representantes da NIU garantem que bastam três anos para que uma scooter da marca “fique paga” com as poupanças em combustível conseguidas. A marca diz já ter vendido mais de 50 scooters para uma empresa e acredita que vai ter sucesso entre empresas com serviços de entrega. Para este mercado em específico, a NIU tem um modelo com estrutura reforçada e suporte para caixas de transporte.