MÚSICA
1. Benjamin Clementine
O inglês, de 34 anos, chegou como um cometa luminoso e inebriante ao mundo da música com o álbum de estreia At Least for Now, em 2015 (que ganharia o prestigiado Mercury Prize nesse ano). Portugal foi, então, um dos países em que se surpreendeu com o entusiasmo do público. Agora, Benjamin Clementine está de regresso com o terceiro disco na bagagem (And I Have Been foi editado em outubro do ano passado) e um anúncio que pode tornar ainda mais atrativos estes concertos: finda esta digressão, o músico pondera retirar-se para se dedicar a outras atividades. A sua voz forte e a entrega nos concertos ficarão sempre como uma marca musical do século XXI. Campo Pequeno, Lisboa > 22 set, sex 21h30 > €20 a €60 > Super Bock Arena, Porto > 23 set, 21h30 > €25 a €60
2. Echo & the Bunnymen
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Adiada por alturas da pandemia, a digressão Celebrating 40 Years of Magical Songs, dos ingleses Echo & the Bunnymen, chega só agora a Lisboa. O atraso é perfeitamente irrelevante para este grupo, que deu os primeiros passos em 1978 e conseguiu manter um estatuto de “banda de culto” até aos dias de hoje, assente em canções como The Killing Moon e Lips Like Sugar. Como aconteceu a outras bandas dos anos 80, a sua popularidade alargou-se junto de um público mais jovem à boleia duma popular série: o tema Nocturnal Me faz parte da banda sonora de Stranger Things. Aula Magna, Lisboa > 27 set, qua 20h > €25 a €45
3. Mayra Andrade
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A cantora de Cabo Verde traz aos coliseus de Lisboa e do Porto a sua digressão reEncanto – Voz & Violão, em que se apresenta num registo mais intimista, apenas acompanhada pelo compatriota Djodje Almeida, na guitarra acústica, revisitando canções de toda a sua discografia (iniciada em 2006 com Navega). Coliseu dos Recreios, Lisboa > 14 out, sáb 21h30 > €20 a €45 > Coliseu do Porto > 19 out, qui 21h30 > €30 a €150 (camarote de seis lugares)
4. Rock à Moda do Porto
Celebração, em duas noites, do rock feito no Porto ao longo das últimas décadas, com direito a regressos históricos. Destaque, nesse campeonato, para o concerto dos Trabalhadores do Comércio, celebrizados nos anos 80 por êxitos como Chamem a Polícia e Taquetinho Ou Lebas No Fucinho e que, celebrando 40 anos de carreira, regressaram ao estúdio para um novo álbum, para os Jáfumega, que nasceram no Porto, em 1978, e para os Táxi e o seu imortal hit Chiclete. Pedro Abrunhosa, Clã e Mão Morta (que se formaram em Braga, mas se estrearam ao vivo no Porto) completam um cartaz orgulhosamente tripeiro. Super Bock Arena, Porto > 20-21 out, sex-sáb 21h > €25-€35 (diários) e €49 (passe)
5. Salvador Sobral
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Este é ano de disco novo para Salvador Sobral: Timbre, seu quarto álbum de estúdio, tem lançamento marcado para o próximo dia 29 de setembro (Al Llegar, em dueto com o uruguaio Jorge Drexler, e o divertido tema Pedra Quente já se ouviram por aí neste verão). Até ao fim do ano, o músico ainda vai fazer uma digressão pela Alemanha e Países Baixos, mas tem paragens marcadas em Portugal – além destes dois concertos em Lisboa e no Porto, também tocará em Santa Maria da Feira (25 de novembro) e São João da Madeira (30 nov). Centro Cultural de Belém, Lisboa > 27 out, sex 21h > €15 a €150 (camarote central) > Casa da Música, Porto > 15 nov, qua 21h > €25-€30
6. Gilberto Gil
O músico brasileiro, nascido em Salvador, Bahia, em 1942, chega a Portugal para celebrar uns impressionantes 60 anos de carreira e meio século de digressões fora do Brasil. Para isso, vai subir aos palcos dos coliseus em família, acompanhado pelos filhos Bem e José e pelo neto João. Pode ser a última oportunidade para ver em palcos portugueses este nome maior da MPB, em concertos com muita intensidade e emoção garantidas. Coliseu dos Recreios, Lisboa > 30 out, seg 21h30 > €20 a €85 > Coliseu do Porto > 2 nov, qui > €20 a €270 (camarote de 1ª, seis lugares)
7. Carminho
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Os grandes concertos de apresentação do disco Portuguesa, lançado em março, chegam nesta rentrée aos coliseus de Lisboa e do Porto. Já nos dias 19 e 23 de setembro, tocará em Ovar e Ponte de Lima, antes de embarcar para uma digressão nos EUA e Canadá, provando a atual projeção internacional da fadista. Com algumas letras e composições suas, e colaboração com músicos distantes do universo do fado, o sexto álbum de Carminho afirmou o lugar só seu que ocupa hoje na música portuguesa. Coliseu dos Recreios, Lisboa > 3 nov, sex 21h30 > €20 a €50 > Coliseu do Porto > 10 nov, sex 21h30 > €20 a €45
FESTIVAIS
8. Misty Fest
Apresenta-se como um festival, mas não corresponde bem à ideia que, nos últimos anos, temos desses acontecimentos. O Misty Fest não concentra vários artistas em poucos dias e em vários palcos. Aliás, distingue-se por fazer o contrário: programar concertos, espaçados, em boas salas de todo o País. Nos nomes confirmados para a edição deste ano destaca-se o pianista belga Wim Mertens, nome maior do minimalismo, com quatro concertos (Porto, Estoril, Leiria e Espinho). Mas haverá muito mais para ver e ouvir: Lambchop, Corinne Bailey Rae, Bandua, Rodrigo Leão, Rodrigo Cuevas, Carlos Maria Trindade, Anna Setton, John Grant, Francisco Sassetti, entre outros. Lisboa, Porto, Coimbra, Estoril, Leiria, Espinho > 1-23 nov > misty-fest.com
9. Super Bock em Stock
O festival que nos faz peregrinar pela zona da Avenida da Liberdade, abaixo e acima, já tem datas marcadas (24 e 25 de novembro, uma sexta e sábado) e alguns concertos confirmados. O nome mais forte anunciado até à data é o de Will Butler, que em 2022 anunciou a saída dos canadianos Arcade Fire e agora se apresenta com a banda Sister Squares, com quem compôs em conjunto. Os brasileiros Gilsons e os portugueses Filipe Karlsson, Ela Li e João Só (que sobe ao palco com os seus velhos amigos Capitão Fausto) são os outros nomes já apresentados. Lisboa > 24 e 25 nov > superbockemstock.pt
TEATRO E DANÇA
10. A Tempestade
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Esta é a primeira encenação portuguesa da obra-prima final de Shakespeare, com a música incidental de Jean Sibelius, criada pelo compositor finlandês em 1925. Uma peça onde sobressaem “as pulsões, emoções e relações da natureza humana e, sobretudo, o que resulta das dialéticas entre o indivíduo e os mecanismos políticos do poder” (como se lê na apresentação desta grande produção do São Luiz). Aqui, ecoa a mensagem de perdão e de redenção de Próspero, bem atual nestes tempos de guerra. Esta Tempestade conta com encenação de António Pires, direção musical do maestro Cesário Costa e cenografia de Pedro Cabrita Reis. No palco, estará reunida a companhia do National Operetta’s Theatre de Kiev, a Orquestra Metropolitana de Lisboa e o Coro do Festival de Verão. Teatro São Luiz > R. António Maria Cardoso, 38, Lisboa > 13-24 set, qua-sáb 20h, dom 17h30 > €12 a €15 > Theatro Circo > Av. da Liberdade, Braga > T. 253 203 800 > 28 set-1 out, qui-dom 21h30 > €10
11. Gust9723
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Remontagem de uma das criações mais emblemáticas do coreógrafo português Francisco Camacho. A seis intérpretes da peça original, estreada em 1997, juntam-se agora nove bailarinos locais, a vaguear pelo palco coberto de terra do Rivoli. A obra, com dramaturgia de André Lepecki, foi inspirada pela fotografia A Sudden Gust of Wind (Uma Súbita Rajada de Vento), de Jeff Wall, com os corpos a parecerem mover-se devido a causas e forças externas, sem vontade própria, numa paisagem desolada. Os gestos são construídos sem guião predefinido, como que nascidos dos caprichos do vento, embora sustentados em meses de intensa colaboração entre o elenco e a restante equipa. Teatro Municipal Rivoli > Pç. D. João I, Porto > T. 22 339 2201 > 15-16 set, sex 19h30, sáb 21h30 > €12; Centro Cultural de Belém > Pç. do Império, Lisboa > T. 21 361 2400 > 23 set, sáb 19h > €10 a €64
12. Estava em Casa e Esperava que a Chuva Viesse
Os Artistas Unidos voltam a debruçar-se sobre a obra do ator, encenador e dramaturgo francês Jean-Luc Lagarce (1957-1995). Segunda peça de uma trilogia testamentária, escrita em 1994, conta a história de cinco mulheres (mãe, avó e três filhas) que, durante anos, anseiam por notícias de um jovem sem receberem qualquer sinal tranquilizador. Cada uma traz à cena as recordações desse homem. Nunca pensaram voltar a vê-lo, até que este regressa a casa, exausto, possivelmente a morrer. A produção conta com encenação de Andreia Bento e interpretação de Antónia Terrinha, Gracinda Nave, Maria Jorge, Raquel Montenegro e Sofia Fialho. Teatro da Politécnica > R. da Escola Politécnica, 54, Lisboa > T. 96 196 0281 > 21 set-21 out, ter-qui 19h, sex 21h, sáb 16h e 21h > €10
13. Sonho de uma Noite de Verão
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Diogo Infante encena uma original versão musical da comédia de William Shakespeare, recorrendo a temas do cancioneiro português – de músicos tão distintos como José Cid, Doce, Paulo de Carvalho, Heróis do Mar, Amália Rodrigues, Ornatos Violeta ou Marco Paulo – que pudessem servir esta clássica narrativa onírica. Um bosque encantado é o palco de encontros e desencontros amorosos, acompanhados e baralhados por seres mágicos que desencadeiam uma sucessão de enganos numa noite inesquecível. Do elenco desta produção do Teatro da Trindade constam nomes conhecidos do grande público, como Soraia Tavares, Miguel e Ricardo Raposo, Sara Matos, Cristóvão Campos, Mariana Pacheco e o próprio Diogo Infante. Teatro da Trindade > R. Nova da Trindade, 9, Lisboa > T. 21 342 3200 > 21 set-26 nov, qua-sáb 21h, dom 16h30 > €10 a €22
14. Bantu
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A fazer a ponte cultural entre Portugal e Moçambique está a nova criação de Victor Hugo Pontes, que nasce de um convite feito pelos Estúdios Victor Córdon e pelo Centro Cultural Português em Maputo. Bantu designa uma família de línguas faladas na África subsariana, nomeadamente a macua, predominante em Moçambique, que resistiu à influência europeia e se manteve como mecanismo identitário. Mas o coreógrafo – que, neste ano, comemora duas décadas de percurso artístico, com uma identidade muito particular – recorre neste espetáculo à linguagem universal da dança, juntando intérpretes portugueses e moçambicanos, na esperança de aproximar dois países com afinidades e memórias comuns. Teatro Nacional São João > Pç. da Batalha, Porto > T. 22 340 1910 > 5-8 out, qui e sáb 19h, sex 21h, dom 16h > €7,50 a €16
15. Schweik na Segunda Guerra Mundial
A Companhia de Teatro de Almada regressa a Bertolt Brecht, convidando Nuno Carinhas para assinar a encenação. A peça, escrita pelo dramaturgo alemão em 1943, quando se encontrava exilado nos Estados Unidos da América, foi inspirada na obra-prima satírica do romancista checo Jaroslav Hasek (1883-1923), O Bom Soldado Svejk, cujo herói subversivo se tornou um símbolo do absurdo da guerra. O diretor da CTA, Rodrigo Francisco, no programa de apresentação desta temporada, define-a como “o pícaro recoletor-de-cães-vadios-tornado-combatente, cujo riso – cáustico, indómito, amargo – é a única arma contra os déspotas que manejam a guerra à distância prudente das chancelarias”. A direção musical da produção cabe a Jeff Cohen, pianista e compositor que já tinha concebido o recital Canções de Brecht. Teatro Municipal Joaquim Benite > Av. Professor Egas Moniz, Almada > 21 273 9360 > 20 out-19 nov, qui-sáb 21h, qua e dom 16h > €13
16. Salomé
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Após a coprodução de Este É o Meu Corpo, ciclo em que revisitou quatro dos seus solos, Mónica Calle retorna ao São João com uma estreia num espetáculo construído a partir da peça de um ato de Oscar Wilde. Publicada em 1891, acrescenta mais uns pontos à história bíblica de Salomé, enteada de Herodes Antipas, que, instigada pela mãe, solicita a cabeça de João Batista numa escudela de prata, como prémio por ter dançado a dança dos sete véus. Venerada pelos artistas e escritores da época, a personagem é transformada em mulher fatal, tresloucada de paixão pelo profeta, tendo a versão do escritor irlandês servido de base à internacionalmente reconhecida ópera de Richard Strauss. Uma narrativa que serve bem as obsessões temáticas e formais de Calle, firme na vontade de “abalar as hierarquias de poder e dominação, bem como as tentativas de silenciamento da memória individual e coletiva”. Teatro Nacional São João > Pç. da Batalha, Porto > T. 22 340 1910 > 2-12 nov, qua-qui, sáb 19h, sex 21h, dom 16h> €7,50 a €16
EXPOSIÇÕES
17. Unidigrazz
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Quem viu Interferências, no MAAT, cruzou-se com trabalhos do coletivo Unidigrazz, surgido em 2017 na zona de Mem Martins, linha de Sintra. Agora, a Galeria Underdogs, em Marvila, abre as portas à visão criativa, única e arrojada deste grupo de artistas. Em Distante, refletem sobre as vivências e desigualdades que prevalecem entre o centro e a periferia de Lisboa, através de trabalhos em desenho e pintura assinados a título individual, assim como peças criadas em conjunto por Diogo “Gazella” Carvalho, Onun Trigueiros, Rappepa Bedju Tempu, Sepher AWK e Tristany. Galeria Underdogs > R. Fernando Palha, Armazém 56, Lisboa > 15 set-28 out, ter-sáb 14h-19h > grátis
18. Retrospetiva Straub-Huillet
É a primeira exposição em Portugal dedicada à obra da dupla de cineastas franceses Jean-Marie Straub e Danièle Huillet, dupla que se iniciou com o filme Machorka-Muff, em 1963 (que será exibido a 24 de setembro), sobre a Alemanha do pós-guerra. Uma retrospetiva integral dos filmes da dupla e de Straub a solo acompanham a exposição. Casa do Cinema Manoel de Oliveira > Parque de Serralves, R. D. João de Castro, 210, Porto > 21 set-28 jan 2024 > €11
19. Coleção Paulo de Pitta e Cunha
Reconhecendo a importância do colecionismo privado no apoio aos artistas, às galerias e no reforço do pluralismo cultural, a Fundação Arpad Szènes-Vieira da Silva tem vindo a revelar anualmente a exposição de uma coleção privada que, pela sua relevância, deva ser objeto de estudo e de partilha com o público. Este ano, apresenta a coleção de Paulo de Pitta e Cunha (1937-2022), professor catedrático e jurisconsultor nas áreas do Direito Fiscal e do Direito Europeu. A partir de um conjunto de mais de 500 obras – no qual constam, entre outros, nomes como Almada Negreiros, Helena Almeida, Lourdes Castro, Julião Sarmento, Cabrita, Paula Rego, Arman, Dubuffet, Yves Klein, Richard Long, Wesselmann ou Andy Warhol –, as curadoras da exposição, Raquel Henriques da Silva e Rita Maia Gomes, selecionaram cerca de 120 trabalhos. Museu Arpad Szènes-Vieira da Silva > Pç. das Amoreiras, 56, Lisboa > 28 set-20 jan, ter-dom 10h-18h > €7,50, grátis dom até às 14h
20. Plug-in, de Joana Vasconcelos
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A artista portuguesa volta ao lugar onde tudo começou. Há 22 anos, Joana Vasconcelos teve a sua primeira exposição individual na Central Tejo, à boleia da primeira edição do Prémio Novos Artistas Fundação EDP que lhe foi atribuído em 2000. Plug-in, exposição que irá ocupar o MAAT, reúne obras inéditas e algumas das suas peças mais icónicas produzidas desde 2000, estabelecendo um diálogo entre o património da eletricidade, a tecnologia e as artes plásticas. A Árvore da Vida (2023), criada no contexto da Temporada Cruzada Portugal-França, será adaptada à Sala dos Geradores da Central Tejo. No edifício do MAAT, serão apresentadas sete obras no total. Entre estas, está a nova Drag Race (2023), um Porsche 911 ornamentado com talha dourada e plumas. Duas peças que marcaram presença no Guggenheim de Bilbau são apresentadas, pela primeira vez, em Lisboa: a máscara de espelhos com o título I’ll Be Your Mirror (2019) e o gigantesco anel Solitário (2018), que será instalado no exterior do museu. A tentacular escultura Valkyrie Octopus, criada em 2015 para o MGM Macau, estará suspensa na Galeria Oval. MAAT > Av. Brasília, Lisboa > 29 set-18 fev, seg, qua-dom 10h-19h > €11 (Central Tejo e MAAT), grátis 1º domingo do mês, das 10h-13h
21. O Castelo Surrealista de Mário Cesariny
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Multiplicam-se as celebrações em torno do centenário do nascimento de Mário Cesariny (1923-2006). O MAAT – Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia inaugura, em outubro, O Castelo Surrealista de Mário Cesariny. Propondo mostrar afinidades e sublinhar influências, a exposição apresenta não só obras do poeta e artista plástico, vindas da Fundação Cupertino de Miranda, dona de grande parte do acervo pessoal do homenageado, mas também trabalhos daqueles que Cesariny afetivamente elegeu para o seu universo, como Vieira da Silva, George Sand, Édouard Jaguer, André Breton ou Cruzeiro Seixas. A abertura está marcada para o 5 de outubro, data de aniversário do MAAT, sempre com direito a festa e entrada livre no museu. Nesse mesmo dia, estreia-se ali Corpo Visível, espetáculo da BoCA – Bienal de Artes Contemporâneas, que parte do livro de estreia de Mário Cesariny para propor uma criação que junta poesia, pintura e música. MAAT > Av. Brasília, Lisboa > 5 out-18 fev, seg, qua-dom 10h-19h > €11 (Central Tejo e MAAT), grátis 1º domingo do mês, das 10h-13h
22. A arquitetura segundo Dan Graham
É um dos últimos trabalhos realizados pelo artista norte-americano Dan Graham (1942-2022), a partir de uma encomenda do Museu de Serralves, que tem na coleção uma obra sua: o pavilhão triangular Double Exposure. Através de desenhos originais, maquetas, fotografias e plantas técnicas, a exposição reúne projetos de oito nomes da arquitetura moderna – Atelier Bow Wow, Lina Bo Bardi, Itzuko Hasegawa, Anne Tyng, Johannes Duiker, Sverre Fehn, Kazuo Shinohara e João Batista Vilanova Artigas –, escolhidos e comentados por Dan Graham, que visitou cada cidade onde foram erguidos. Museu de Serralves > R. D. João de Castro, 210, Porto > out-abr 2024 > seg-sex 10h-19h, sáb–dom 10h-20h > €11
23. Obras-primas do Museu da Terra Santa
De Jerusalém para o Museu Calouste Gulbenkian, em Lisboa, viajam cerca de uma centena de peças do Museu da Terra Santa, fruto de doações realizadas por monarcas católicos europeus a várias igrejas ao longo de 500 anos. A lâmpada de igreja remetida para Jerusalém pelo rei de Portugal D. João V e o baldaquino que acolhia uma custódia ou um crucifixo doado por Carlos VII, rei de Nápoles, são alguns dos tesouros presentes nesta exposição. Fundação Calouste Gulbenkian > Av. de Berna, 45A, Lisboa > 10 nov-26 fev 2024, qua-seg 10h-18h > €10
MUSEUS
24. Museu de Arte Contemporânea/CCB
Em Lisboa, o Museu de Arte Contemporânea/CCB (MAC/CCB) nasce oficialmente no final de outubro, no lugar do extinto Museu Coleção Berardo. Objeto, Corpo e Espaço | A Revisão dos Géneros Artísticos a partir da Década de 1960, primeira exposição apresentada no novo museu, reúne obras da Coleção Berardo, Coleção Ellipse (comprada pelo Estado depois da falência do Banco Privado Português) e da Coleção de Arte Contemporânea do Estado (CACE). A inauguração é no dia 27 de outubro, e faz-se também com uma exposição de desenhos da Coleção Teixeira de Freitas (em processo de depósito no MAC/CCB) e uma individual da artista belga Berlinde de Bruyckere, Atravessar uma Ponte em Chamas (esculturas e desenhos em torno da figura do anjo). 27 out
25. Museu de Serralves – Edifício Poente
O novo polo do Museu de Serralves – Edifício Poente, no Porto, abrirá durante o próximo trimestre. Com projeto arquitetónico de Álvaro Siza, vai acolher a Coleção de Serralves, que integra cerca de 4 500 obras produzidas desde os anos 60. Com três pisos (cave e dois de exposição), aumentará a área expositiva em 40% e vai inaugurar-se com duas exposições: Histórias Anagramáticas, dedicada à Coleção de Serralves, e Museu-Musa, que explora a relação do arquiteto Siza com os espaços museológicos. Abertura prevista terceito trimestre