Já cantava Paulo de Carvalho que “dez anos é muito tempo, muitos dias, muitas horas a cantar”, mas para os Capitão Fausto “passou muito depressa”, confessa à VISÃO o vocalista, Tomás Wallenstein, em antevisão dos concertos de celebração do primeiro álbum da banda, Gazela, lançado em 2011. “Parece que não foi assim há tanto tempo, mas tínhamos acabado de sair da escola e só quando começámos a desfiar as memórias percebemos quanto tempo passou…”, diz o músico. Desde então, a banda composta por Domingos Coimbra, Francisco Ferreira, Manuel Palha, Salvador Seabra e Tomás Wallenstein editou mais três discos de originais, conquistou o público e a crítica e tocou um pouco por todo o lado, dos pequenos aos maiores palcos. Em suma, viveram “a aventura de uma vida”, enquanto cumpriam “o sonho de miúdos”.
O sucesso, porém, não mudou assim tanto aquele grupo de amigos do bairro lisboeta de Alvalade, como também sublinha o cantor: “Temos estado a reaprender as canções tal como estão no disco, para as tocarmos nos concertos, e reconhecemo-nos em quase tudo. Somos pessoas diferentes, claro, mas mantém-se muita coisa, e há um sentimento de nostalgia muito gratificante.” A banda vai tocar Gazela na íntegra, num alinhamento apresentado como “um buffet à la carte”, que incluirá ainda canções dos restantes álbuns e até, talvez, deixar algumas pistas para o futuro. “Continuamos a divertir-nos muito quando tocamos juntos e temos alguns projetos para o futuro que, em breve, vão começar a ser revelados”, assinala Tomás Wallenstein, porque, afinal, dez anos nem é assim tanto tempo…
Capitão Fausto > Coliseu dos Recreios > R. das Portas de Santo Antão, 96, Lisboa > T. 21 324 0580 > 12 mar, sáb 21h30 > €20 a €30 > Coliseu do Porto > R. de Passos Manuel, 137, Porto > T. 22 339 4940 > 17 mar, qui 21h30 > €15 a €25