Sem colocar a ênfase em estreias, o Caminhos do Cinema Português, em Coimbra, funciona como um balanço da produção portuguesa do último ano. É uma oportunidade para ver ou rever o que de melhor se fez a vários níveis, da ficção ao documentário, das curtas às longas-metragens.
Em sala passam mais de 50 filmes. Nas secções competitivas, encontramos, entre outros, Listen, de Ana Rocha de Sousa, um dos filmes-sensação do ano, depois dos prémios em Veneza e de ter sido escolhido para representar Portugal na pré-nomeação do Oscar para melhor filme estrangeiro. Mas também Um Animal Amarelo, louca e surrealizante diáspora lusófona do brasileiro Felipe Bragança; Surdina, retrato ficcionado de Guimarães por Rodrigo Areias, com argumento de Valter Hugo Mãe; O Fim do Mundo, um mergulho na Amadora profunda por Basil da Cunha; ou Patrick, o perturbante primeiro filme de Gonçalo Waddington. Isto para falar apenas das longas de ficção.
Noutros formatos podemos encontrar, por exemplo, a multipremiada animação Elo, de Alexandra Ramires, as curtas O Cordeiro de Deus, de David Pinheiro Vicente, e Armour, de Sandro Aguilar; ou os documentários Nheengatu, de José Barahona, e Amor Fati, de Cláudia Varejão.
O festival conta com outras secções, que permitem um olhar sobre o que de melhor se faz no cinema (dentro e fora de Portugal), além de seminários, debates e workshops.
Caminhos do Cinema Português > Teatro Académico Gil Vicente, Nos Alma Shopping e Miniauditório Salgado Zenha, Coimbra > T. 239 851 070 > até 5 dez > €4, passe €30, pack dez sessões €20 > caminhos.info