Comecemos pelas regras, porque, em tempos tão atípicos, é bom que sejam sempre sublinhadas, para não darem lugar a críticas apressadas. Ao contrário do que aconteceu em edições anteriores – e já lá vão sete –, quando o Santa Casa Alfama transformava o popular bairro lisboeta num arraial fora de tempo, com as ruas cheias de gente, neste ano haverá apenas cinco palcos, e todos com lotações muito limitadas, sempre em lugares sentados. As máscaras (oferecidas ao público) são de uso obrigatório, durante todo o tempo de permanência no festival. No Terminal de Cruzeiros de Lisboa ficam os palcos Santa Casa e Ermelinda Freitas, onde decorrerão os principais espetáculos; há, ainda, o palco do Museu do Fado, o de Santa Maria Maior, no Largo do Chafariz de Dentro, e o Palco Amália, no Auditório da Abreu Advogados.
É aconselhável que se chegue cedo ao palco pretendido, de modo a minimizar as filas e a evitar ajuntamentos nas imediações dos diferentes locais do festival. Posto isto, vamos ao que interessa, aos artistas e ao programa, o qual, este ano, tem como tema central o centenário do aniversário da maior figura do fado, Amália Rodrigues, que será homenageada na noite deste sábado, 3, com o concerto Celebrar Amália 100 Anos Depois, criado em exclusivo para esta ocasião, com a presença de nomes como Jorge Fernando, Rui Veloso, Katia Guerreiro, Diogo Piçarra, Marco Rodrigues, Sara Correia e André Amaro. Outros momentos altos do cartaz serão os concertos de Mariza (pela primeira vez neste festival, celebrando 20 anos de carreira), da brasileira Fafá de Belém, com o português José Gonçalez, de Gisela João ou do pianista Júlio Resende e da sua Carta para Amália.
Festival Santa Casa Alfama > Vários locais de Alfama, Lisboa > 2-3 out, sex-sáb 18h > €30 a €40 (passe)